A Real Arenas, empresa da WTorre responsável pela administração do Allianz Parque, afirma que solicitou à Soccer Grass e à fabricante holandesa a troca “integral e imediata” do composto termoplástico do gramado sintético do estádio (veja nota no fim da reportagem).
Ainda não tem prazo para a conclusão do processo, segundo a empresa, porque dependem da Soccer Grass e da fornecedora do material.
O pedido ocorreu diante do recebimento de laudo do fornecedor do gramado sintético, e após críticas do técnico Abel Ferreira e o posicionamento do Palmeiras, que se recusou a jogar no estádio enquanto a manutenção não for feita da forma que considera adequada.
Em pronunciamento, a Real Arenas alega que o laudo foi feito a partir de uma solicitação do fim de 2023 e diz que a Soccer Grass apontou um problema no composto termoplástico do gramado motivado pelas “altas temperaturas e poluição”.
A empresa ressalta ainda que o gramado está no prazo de garantia. Algo, aliás, que considerou como determinante para entender – no início de dezembro do ano passado – que não seria preciso realizar a mudança.
A história voltou ao debate nos últimos dias após o Palmeiras suspeitar que a condição do gramado havia sido preponderante para a lesão de Bruno Rodrigues, que machucou o joelho direito e pode ficar fora por até cinco meses.
Dias depois, no domingo, após a vitória sobre o Santos, o técnico Abel Ferreira criticou as condições do gramado e pouco depois o Palmeiras emitiu uma nota em que afirma se recusar a utilizar o estádio enquanto não houver a manutenção.
Veja a nota oficial da WTorre:
Após receber laudo do fornecedor do gramado sintético instalado no Allianz Parque, neste domingo, a Real Arenas informa que solicitou à Soccer Grass e à fabricante holandesa a troca integral e imediata do composto termoplástico, para que voltemos a ter, no menor prazo possível, o melhor campo do futebol brasileiro.
O laudo foi feito a partir de uma solicitação da Real Arenas no final de 2023, como procedimento de acompanhamento da qualidade do gramado feito ao final da temporada de competições.
Em nota oficial publicada na tarde de ontem, a Soccer Grass apontou a existência de um problema no composto termoplástico, decorrente das altas temperaturas e poluição, e se pronunciou sobre a necessidade da troca.
O gramado está ainda no prazo de garantia e passou desde 2020 por todos os rigorosos procedimentos de manutenção previstos pelo fabricante.
Seguimos acreditando na capacidade técnica e excelência dos serviços da Soccer Grass, que também trabalha nos campos da Academia do Palmeiras. Importante atentar que o gramado sintético do centro de treinamento da SEP é exatamente o mesmo equipamento do Allianz Parque que também tem apontado problemas.
Há quatro anos, a Real Arenas investiu cerca de R$ 10 milhões para instalar o gramado esportivo mais moderno do mundo, integralmente aprovado pela FIFA.
Tratamos o assunto com responsabilidade e respeito aos trâmites técnicos e não pouparemos esforços para que os jogadores do Palmeiras e de seus adversários voltem a ter as melhores condições disponíveis para a prática do esporte. (GE)