Fotos: Divulgação

Todas as formas de artes são válidas e poucos trafegam como a persona multifacetada de Wagton Douglas, que é escritor, pedagogo, ator, bailarino, coralista, e nesta quarta-feira (05.11), às 19h, lançará o seu primeiro livro de poesias “Assim Eu me Encontro”, na galeria MAB Mandyoka Artes Bistrô, localizada abaixo da praça da Mandioca, na rua Engenheiro Ricardo Franco, N° 584. A entrada é gratuita.

O evento conta com uma homenagem póstuma ao artista plástico Márcio Aurélio dos Santos, 50 obras de arte, em uma exposição que traz um acervo pessoal e faz uma narrativa entre o autor e o ilustrador.

Com a essência na busca de compreensão do outro e como a cultura transforma vidas, o livro “Assim Eu Me Encontro” reúne poemas que nascem de reflexões e emoções, de relacionamentos que o autor não consegue expressar em outras áreas das artes que atua e traz cenários incríveis no imaginário, a cada leitura.

O livro é composto em seis estações: aborda o interior do poeta, a cidade de Cuiabá em transformação, o amor e a paixão, as despedidas, homenagens póstumas, como do saudoso bailarino Paulo Medina, entre poemas diversos.

O LIVRO

A primeira estação mergulha no interior do poeta; a segunda “Paisagens da Cidade” descreve sobre sua admiração indignada do processo de metamorfose de Cuiabá, em que vive há mais de 40 anos, que o influencia a todo tempo, em sua forma, sua cultura, manifestações, convivências em diversas artes e com as pessoas;

Em “Falando de Amor (ou Será sobre Paixão)”, emergem os encontros e afetos. “Das Despedidas” aborda as ausências e o luto; já “Poemas Póstumos” presta tributos a pessoas queridas, como o saudoso bailarino Paulo Medina e o escritor Airton Reis, que expandiu o PEN Clube do Brasil em Mato Grosso (Poetas, Escritores e Novelistas). A última parte, “Dessintonizados”, reúne textos que fogem a qualquer categorização.

“Como poeta, muitas vezes conseguimos captar dimensões que as pessoas sentem, mas não conseguem verbalizar. Acho que nossa função é justamente essa: dar voz”, descreve Wagton, que utiliza de vários canais artísticos.

Assim “Eu Me Encontro” é uma visão coletiva do que está acontecendo, das mutações da cidade de Cuiabá que o influenciam em um estado de se apaixonar, de movimentar a percepção da saudade, ou a falta das pessoas que vão e partem e fica um vazio interior de pessoas tão importantes, que estão marcadas nos pequenos gestos e atitudes.

A HOMENAGEM

A relação entre Wagton Douglas e Márcio Aurélio foi marcada por amizade, cumplicidade e arte. O artista plástico ilustrou os livros anteriores de Wagton, com narrativas curtas: “Retalhos do Cotidiano” (2012) e “Histórias para Boi e Outros Bichos Dormirem” (2023), que são contos que o autor costuma dizer: ser mais pancadão, rasgados, para maiores de 16 anos. Já neste livro de poesias, é apreciado o lírico: mais uma brisa do que uma tempestade.

Márcio iniciou a ilustração em abstrato da capa de “Assim Eu Me Encontro”, mas faleceu antes de concluí-la, em agosto de 2024. Sua presença, contudo, permanece viva na mostra “Arte Aqui é Márcio”, que acompanha o lançamento.

“Durante anos, apoiei o Márcio adquirindo suas obras para que sua produção não parasse. Era um artista brilhante, de alma generosa, e essa exposição é uma forma de mantê-lo presente”, diz Wagton emocionado.

WAGTON DOUGLAS

Paulista de Marília (SP), Wagton Douglas iniciou-se no teatro com a professora Marília Beatriz na escola técnica (atual Instituto Federal de Mato Grosso) e trabalhou com outros grandes representantes das artes cênicas de Mato Grosso como Liu Arruda, Glória Albuês e Luiz Carlos Ribeiro (na montagem do espetáculo “Rio abaixo, rio acima”).

Pedagogo, desenvolve o trabalho de Técnico em Assuntos Culturais e Educacionais na Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, com a formação de Doutores Palhaços no projeto Saúde com Alegria. Sua paixão predileta é o teatro, e, a partir, da arte cênica, buscou destravar o sentimento com a presença corporal na dança e depois o vocal.

Na dança veio a necessidade da segurança com a voz, que tem várias formas de se expressar, e foi assim que enveredou no Coral, e nunca mais se separou de cada uma dessas artes.

E o que fazer com aqueles pensamentos rompantes que despertam na solitude, nos relacionamentos e a tamanha ânsia de conhecimento e de se expressar diante da vida, do mundo visto e sentido ao seu redor e que necessitam ser expressados? Nesses turbilhões e reflexões dos momentos é que entra a escrita.

Para conhecer o artista, a riqueza da escrita no livro de poesias junto com a exposição dos trabalhos de Márcio Aurélio, fica o convite para apreciar, nesta quarta-feira (05), e ter um encontro inesquecível. Lembrando que o evento tem entrada gratuita. Mais informações (65) 99232-6702.

(Por Beatriz Saturnino – Da Assessoria de Imprensa)