O vulcão Hayli Gubbi, localizado na região de Afar, no nordeste da Etiópia, entrou em erupção pela primeira vez em quase 12.000 anos no último domingo (23). De acordo com o jornal britânico The Guardian, densas colunas de fumaça foram lançadas a até 14 km de altura, atravessando o Mar Vermelho em direção ao Iêmen e Omã.
Como resultado, a vila vizinha de Afdera ficou coberta de poeira, assim como outras comunidades próximas. À agência de notícias Associated Press (AP), um administrador local, Mohammed Seid, afirmou que não houve vítimas, mas que a erupção poderia ter implicações econômicas para a população local de criadores de gado.
“Embora até o momento não tenham sido perdidas vidas humanas nem animais, muitas aldeias foram cobertas de cinzas e, como resultado, seus animais têm pouco para comer”, declarou Seid.
O se sabe até agora
A nova erupção foi observada em imagens de satélite e confirmada pelo Centro de Alerta de Cinzas Vulcânicas de Toulouse, na França. Nuvens de cinzas do vulcão se espalharam sobre o Iêmen, Omã, Índia e o norte do Paquistão, segundo informaram os especialistas dos Centros de Alerta de Cinzas Vulcânicas (VAAC), designados pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).
Já conforme o Programa de Vulcanismo Global da Instituição Smithsonian, o vulcão não teve erupções conhecidas desde o Holoceno, que começou há cerca de 12.000 anos, no final da última era glacial.
A informação foi repercutida na rede social Blue Sky por Simon Carn, vulcanólogo e professor da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos. Ele conta que a erupção começou ontem por volta das 08h30 UTC (05h30 da manhã no horário de Brasília).
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Um morador, Ahmed Abdela, disse ter ouvido um som alto, descrito por ele como uma onda de choque. “Foi como se uma bomba tivesse sido lançada de repente, com fumaça e cinzas”, relatou, à AP.
Abdela contou ainda que a aldeia próxima ao deserto de Danakil, que é uma atração turística, ainda está coberta de cinzas nesta segunda-feira (24), e turistas e guias que se dirigiam ao deserto ficaram presos na aldeia.
(Por Redação Galileu)

