Este ano, Várzea Grande receberá uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA). De acordo com o Secretário de Saúde, Gonçalo de Barros, o processo de implantação está adiantado e a unidade deve ser construída na região da Avenida Mário Andreazza, para atender a população dos bairros Mapim e Chapéu do Sol. Com demanda reprimida de 500 mil atendimentos, a estimativa é que a nova unidade não só zere esses números, como possibilite 500 mil novos atendimentos. Mesmo com grandes promessas, o sonho de um novo Pronto Socorro permanece adiado, uma vez que ainda é preciso “remendos” na estrutura para garantir atendimento à população.

Em entrevista ao programa Rdtv News, o chefe da Pasta contextualizou que atualmente  as duas UPAs da cidade, localizadas no bairro Cristo Rei e Vila Ipase, operam com uma demanda mais alta que o normal, atendendo 100% dos várzea-grandenses, ou seja duas unidades para 300 mil habitantes, número estimado do Censo 2022, divulgado pelo IBGE.

“Nós temos um atendimento recorde nessas duas UPAS, por tudo que acontece na Saúde Pública do estado, temos um altíssimo fluxo, com uma demanda altíssima. E temos um planejamento para uma terceira UPA. Nosso planejamento é uma UPA a cada 100 mil habitantes, nós temos duas: no Cristo Rei e no centro da cidade e precisamos de uma lá na região da Mário Andreazza”, detalha o secretário.

A reportagem apurou que atualmente existe uma demanda de 500 mil atendimentos em demanda reprimida nas UPAs da cidade. Um conta que permite acrescentar mais de um registro por pessoas, considerando que cada paciente realiza vários atendimentos ao procurar uma unidade.

Diante dessa realidade, a Prefeitura defende que quando instalada a nova UPa terá capacidade para realizar cerca de 1 milhão de atendimentos em 1 ano, de forma que anularia os atendimentos ainda reprimidos e teria fôlego para efetuar outros 500 mil novos serviços.

Conforme Gonçalo, o projeto já está pronto e já foram angariadas emendas. “A UPA fica próxima da Mari Andreazza, nós temos um terreno ali e está sendo estudado para que agira em 2014 começamos a obra, só estamos dependendo da aprovação do Ministério Saúde, e aí para cada 100 mil habitantes teremos 1 UPa com capacidade para atendimento”, disse ele.

Em fase burocrática, a definição sobre a estrutura física que será construída ainda não é uma certeza. Entre as possibilidades têm a escolha por porte tipo I, tipo II e tipo III, que determina o tamanho das divisões dos consultório médicos, salas de exames, raios x, farmácia, sala de imobilização de fraturas, espaço para atendimento de urgência, sala de eletrocardiografia, sala de observação e de coleta de materiais.

Tínhamos planejamento estratégico de estruturar primeiro a atenção primária, secundaria para depois chegar na terciária … Mas, com a Covid-19, nós tivemos que focar primeiro no atendimento de emergência

Explica o secretário de Saúde de VG, Gonçalo de Barros

A expectativa é que seja implanta uma UPA de porte tipo III, assim como a UPA Ipase trabalha atualmente. A justificativa seria atender um número maior de pessoas na grande região da Mário Andrezza. Porém, no papel não tem nada definido.

Atenção Básica 

Seguindo a avaliação do gestor, a construção de uma nova UPA é resultado do planejamento estrágetico de recuperar o fôlego dos profissionais de saúde na linha de frente da atenção primária. Ele revelou que a Saúde já operou com somente 22 equipes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) com uma demanda de 8,5 mil pessoas para cada grupo. Após o período crítico de pandemia, foi possível formar 46, mas a meta é que até abril sejam 139 equipes atendento 2,5 mil pacientes – número considerado razoável para a carga horária de trabalho.

“Tínhamos planejamento estratégico de estruturar primeiro a atenção primária, secundaria para depois chegar na terciária. Na atenção primária é onde atende as classificações verdes e azul que precisam ser resolvidso na unidade básica e deixar as UPAS para os atendimentos de emergências e a terciária com os hospitais e maternidades. Mas, com a Covid-19, nós tivemos que focar primeiro no atendimento de emergência”, Explica o secretário de Saúde de VG, Gonçalo de Barros”

Mesmo com a expectativa alta para a Pasta em 2024, o secretário ainda pondera que obras para uma quarta UPA ou até mesmo para o novo Pronto Socorro são ambições para os próximos anos.

“A construção da quarta UPA vai ficar para 2025 ou 2026. Nós temos a prioridade de terminar a reestruturação do Pronto Socorro e principalmente construir os 40 novos leitos de Unidade Tratamento Intensivo . Na pandemia, a gente teve um choque de realidade. Temos o que existe, o sonho, e o que é possível. Esse é um projeto a longo prazo, mas por hora a gente vem reestruturando o Pronto Socorro, criamos a Maternidade como suporte, fizemos uma reforma ampla, falta terminar o telhado. Porque é muito difícil mexer na estrutura de um hospital sem desativá-lo. Nós estamos há 3 anos remendando para poder ter condições de partir para um projeto novo”, completou o secretário municipal.

Falta de Hospital Regional aumenta demanda

Apesar de avaliar positivamente a escolha do Governo de Mato Grosso de ampliar o número de hospitais nas cidades interioranas, Gonçalo diz reconhecer que algumas demandas da Região Metropolitama do Vale do Rio Cuiabá são negligenciadas pela falta de um Hospital Regional.

“O Governo do Estado decidiu por uma política de construção de hospitais, construiu no Araguaia, no nortão e está construindo em Cuiabá, dois hospitais, dos maiores. Essa estrutura quando ela chegar ela vai trazer um conforto para toda a população de Mato Grosso. Mas, tem algumas coisas que até chegar essas obras precisam funcionar melhor, como por exemplo os hospitais metropolitanos. Nós temos aqui na maternidade de 20 crianças nascidas, 10 não sao de Várzea Grande, seis de Cuiabá e 4. Não temos Hospital Regional para atender essa demanda. Temos um metropolitano, mas reservados para cirúrguas bariátricas e ortopédicas. Mas, na região a estrurura de hospitais se resume a Cuiabá e Várzea Grande”, ressaltou  Gonçalo de Barros.

(Rdnews)