Árias, um dos destaques do Fluminense e do Mundial de Clubes Foto: Maison Santana/Fluminense

A primeira fase da Copa do Mundo de Clubes chegou ao fim. Ao todo, 16 equipes avançaram na competição e vão para o mata-mata. O ge elegeu a seleção dos melhores e piores da fase de grupos do torneio. Quatro dos 11 jogadores da seleção dos melhores da competição são de times brasileiros.

Somente o zagueiro Asencio, do Real Madrid, está entre os classificados ao mata-mata da Copa do Mundo de Clubes e integra a seleção dos piores. Os outros dez jogadores já foram eliminados, com destaque para os medalhões de Atlético de Madrid, Porto, River Plate e Benfica, decepções do torneio.

Os melhores da fase de grupos

Seleção da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes — Foto: Infoesporte/ge.globo

Seleção da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes — Foto: Infoesporte/ge.globo

Goleiro – Bono (Al-Hilal)

A gigantesca atuação de Bono na primeira rodada deu coragem ao Al-Hilal para avançar às oitavas de final. No empate por 1 a 1 com o Real Madrid, pegou pênalti batido por Valverde nos acréscimos e fez uma defesa impressionante em cabeçada de Gonzalo García no segundo tempo. No fechamento da fase de grupos, não foi muito exigido na vitória por 2 a 0 sobre o Pachuca, mas fez boa defesa em chute de Rondón.

Lateral-direito – Hakimi (PSG)

No melhor jogo do PSG na Copa do Mundo, deu um baile em Javi Galán do Atlético de Madrid e até segurou o ritmo na reta final do duelo depois de um grandíssimo primeiro tempo. Na vitória sobre o Seattle, confirmou a vocação ofensiva e marcou um bonito gol.

Zagueiro – Otamendi (Benfica)

O zagueiro argentino foi decisivo para a classificação do Benfica. Na primeira rodada, sofreu pênalti e empatou o jogo no fim contra o Boca. Contra o Bayern, fez uma partida de manual para classificar os portugueses em primeiro do grupo.

Zagueiro – Barboza (Botafogo)

Apesar de Jair ter feito gol e somar ótimas atuações, a Copa do Mundo de Clubes de Barboza é de altíssimo nível. O argentino é o xerife da zaga alvinegra e foi importante em todos os jogos, especialmente contra o Seattle e o PSG.

Barboza comemora vitória do Botafogo sobre o PSG — Foto: Vitor Silva/BFR

Barboza comemora vitória do Botafogo sobre o PSG — Foto: Vitor Silva/BFR

Lateral-esquerdo – Aït-Nouri (Manchester City)

Contratado para a disputa da Copa do Mundo de Clubes após destaque no Wolverhampton, mostrou-se ótima alternativa Gvardiol e pareceu ter passado rapidamente à frente do jovem O’Reilly. Seu melhor jogo foi contra a Juventus, deu muito trabalho pela esquerda e uma linda assistência para Doku.

Volante – Jorginho (Flamengo)

Quem olha para o nível das atuações do volante do Flamengo acha que ele está no clube há anos, mas ele apenas acabou de chegar e está fazendo a estreia dele pelo Rubro-Negro neste Mundial. O volante deu duas assistências na competição, com destaque para a do gol de Luiz Araújo contra o Espérance, e teve ótimas atuações.

Volante – Deossa (Monterrey)

O motorzinho do Monterrey, que eliminou o River Plate no Grupo E, chama-se Nelson Deossa. O colombiano foi bem em todos os jogos e brilhou contra o Urawa ao marcar um dos gols mais bonitos da fase de grupos. Destaque do time que ainda não perdeu na competição.

Meia – Olise (Bayern)

O ponta francês foi o melhor em campo na goleada por 10 a 0 contra o Auckland, na qual marcou dois gols e deu duas assistências, e decidiu o jogo contra o Boca Juniors, ao fazer o gol da vitória alemã. Ele foi poupado contra o Benfica na última rodada, mas colocou fogo no jogo, apesar da derrota.

Meia – Yildiz (Juventus)

Um dos artilheiros da Copa do Mundo, o meia de 20 anos participou de quatro dos 11 gols da Juventus na primeira fase. Marcou três e deu assistência para Vlahovic na derrota para o Manchester City.

Meia – Arias (Fluminense)

Foi um dos melhores em campo do Fluminense em todos os jogos da fase de grupos. Marcou um golaço de falta contra o Ulsan, que abriu o caminho da única vitória do Fluminense no Grupo F.

Atacante – Igor Jesus (Botafogo)

Foi decisivo ao fazer os gols das vitórias contra o Seattle e o PSG. Nas partidas contra os franceses e o Atlético de Madrid, foi solitário na frente e batalhou contra as defesas adversárias. O centroavante, a caminho do Nottingham Forest, teve atuações impressionantes.

OS PIORES DA FASE DE GRUPOS

Os piores da fase de grupos

 

Seleção dos piores da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes — Foto: ge

Seleção dos piores da fase de grupos da Copa do Mundo de Clubes — Foto: ge

Goleiro – Tracey (Auckland City)

Titular na estreia do time semiamador da Nova Zelândia, Tracey abriu a competição com 10 gols sofridos diante do poderoso Bayern de Munique. Ele perdeu a vaga para Garrow, que fez bom jogo com o Boca Juniors no empate por 1 a 1.

Lateral-direito – Kalulu (Juventus)

A jornada do zagueiro Pierre Kalulu, que atuou pela direita na trinca defensiva formada por Igor Tudor para enfrentar o City, foi terrível. Marcou gol contra inexplicável, não acompanhou Haaland no terceiro e ficou perdido no quarto, onde tentou dar bote em Savinho e Foden, mas não obteve sucesso. O francês esteve completamente perdido na goleada imposta pelos ingleses e acabou improvisado como lateral na seleção dos piores.

Zagueiro – Asencio (Real Madrid)

O jovem zagueiro do Real Madrid conquistou espaço no elenco do clube em uma temporada marcada por lesões dos titulares. Na estreia, fez pênalti desnecessário no empate com o Al-Hilal (1 a 1) e não foi bem. Depois, na segunda rodada, levou cartão vermelho aos sete minutos de jogo, mas o Real conseguiu vencer o Pachuca por 3 a 1.

Zagueiro – Martínez Quarta (River Plate)

A zaga estrelada de campeões com a seleção argentina não deu liga no River Plate. Contra a Inter de Milão, no jogo que valia a classificação, Martínez Quarta foi expulso e abriu caminho para vitória do time italiano e para eliminação do River.

Lateral-esquerdo – Javi Galán (Atlético de Madrid)

A goleada por 4 a 0 do Paris Saint-Germain sobre o Atlético de Madrid foi um baque para o time espanhol logo na estreia na Copa. Javi Galán, lateral-esquerdo, sofreu com Hakimi e Doué e não viu a cor da bola no jogo.

Volante – Ander Herrera (Boca Juniors)

Uma das principais contratações do Boca Juniors em 2025, o espanhol Ander Herrera não mostrou a que veio. Lesionado, foi substituído aos 20 minutos do primeiro jogo, contra o Benfica, ainda antes do Boca marcar. No banco, recebeu o cartão vermelho e não voltou a jogar na Copa.

Meia – De Paul (Atlético de Madrid)

Campeão do mundo com a Argentina e considerado uma das principais estrelas do Atlético de Madrid, De Paul ficou longe de mostrar seu bom futebol. Contra PSG e Seattle Sounders, foi um dos piores da equipe espanhola. É verdade que o meia jogou bem contra o Botafogo, mas não foi o suficiente para classificar o Atlético.

Meia – Fábio Vieira (Porto)

Emprestado pelo Arsenal ao Porto, o meia alinhou-se ao desempenho da equipe na Copa de Clubes e entrou na seleção. O destaque foi no empate com o Al Ahly por 4 a 4 quando, mesmo com uma assistência na conta, foi um dos piores do Porto. Pouco participativo e sumido dos jogos grandes, fez parte do time eliminado na fase de grupos.

Atacante – Borja (River Plate)

Miguel Borja, ex-Palmeiras, não era o titular do River Plate na Copa do Mundo de Clubes. Ele assumiu a posição com a lesão do atacante Driussi na estreia. O River não marcou contra Monterrey e Inter de Milão, perdeu chances claras, muitas com o colombiano, e se despediu da competição.

Atacante – Cavani (Boca Juniors)

Grande estrela do Boca Juniors, Cavani ficou fora dos dois primeiros jogos por lesão. Titular contra o Auckland City, mostrou que o time estava melhor sem ele. A experiência do uruguaio de 38 anos não pesou, e o Boca só marcou com gol contra do goleiro Garrow.

Sorloth (Atlético de Madrid)

A Copa de Sorloth foi para se esquecer. O torcedor do Atlético de Madrid, porém, não apagará da memória tão cedo os erros do atacante norueguês. Chutes para fora, faltas bobas, domínios errados… Sorloth facilitou o trabalho dos defensores adversários na primeira fase. (GE)

Por Maciel Jr