Uma descoberta arqueológica histórica foi feita na Grécia, onde o único retrato contemporâneo conhecido de Constantino XI Paleólogo, o último imperador do Império Bizantino, foi encontrado. O retrato foi encontrado durante a restauração do Antigo Mosteiro dos Arcanjos, localizado na região de Acaia, no oeste da Grécia.
A pintura, datada da metade do século XV, oferece um retrato raro e valioso de Constantino XI, que governou o Império Bizantino de 1449 até sua morte na queda de Constantinopla, em 1453. O afresco foi encontrado sob uma camada de afrescos anteriores e mostra o imperador usando trajes reais, incluindo um loro (uma capa cerimonial bizantina), um sakkos (túnica tradicional) e uma coroa diadema. O manto púrpura bordado com águias de duas cabeças, símbolo da dinastia Paleólogo, e o cetro com cruz, confirmam sua posição imperial.
A descoberta foi publicada na página do Facebook do Ministério da Cultura e Desporto da Grécia, em 12 de dezembro:
“O pintor deve ter representado as características do retrato a partir de sua própria percepção, o que significa que seu modelo não era um retrato imperial oficial, mas o próprio imperador”, explica Anastasia Koumousi, diretora da Ephorate de Antiguidades de Acaia, ao Archaeology Magazine. Segundo ela, o retrato não é uma versão idealizada, como era comum na época, mas sim uma representação feita a partir da vida do próprio imperador.
Essa pintura foi descoberta no Katholikon, a igreja principal do mosteiro, que foi restaurada com o apoio dos irmãos de Constantino XI, Demétrios e Tomás Paleólogo. Tal restauração ocorreu após uma guerra civil entre os irmãos, que foi resolvida com a mediação de Constantino, destacando o papel crucial do imperador na tentativa de manter a unidade e o legado bizantino.
Este retrato oferece não apenas uma visão rara do último imperador bizantino, mas também uma janela para os últimos dias do Império Bizantino, que estava em declínio durante o reinado de Constantino XI. A sua morte, durante a queda de Constantinopla para os otomanos, marcou o fim de uma civilização milenar. No entanto, a descoberta desse afresco proporciona uma nova perspectiva sobre o período final do império e a resistência de Constantino XI até o último momento.
(Por Redação Galileu)