Torcedores do Corinthians invadiram o CT Joaquim Grava e a sede social no Parque São Jorge nesta quinta-feira, um dia depois do empate por 1 a 1 entre Corinthians e Cuiabá, na Neo Química Arena, para protestar contra o time, que está na zona de rebaixamento do Brasileirão. Eles ficaram por 40 minutos em conversa com o presidente Augusto Melo.

No caso do CT, os corintianos não encontraram elenco e comissão técnica no local. Hoje era folga. No Parque São Jorge, o grupo conseguiu chegar até o quinto andar do prédio administrativo, onde fica a sala do presidente Augusto Melo, e quebrou o vidro que separa o hall do elevador das salas.

Há relatos de que funcionários foram ameaçados pelos torcedores, assim como o presidente do Conselho do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, que tentou conter a invasão. Na entrada, os torcedores quebraram catracas e câmeras de segurança.

As polícias militar e civil foram acionadas e, na chegada à sede social, solicitaram que os sócios evacuassem a piscina e outras áreas do clube. A Tropa de Choque também esteve no local.

No fim da tarde, César Saad, delegado titular do DRADE (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) deu entrevista na porta do Parque São Jorge:

– A reivindicação deles é cobrando do clube e da diretoria melhoria do time, querem contratações e tudo isso já tinha sido conversado com a presidência na sexta-feira em um protesto pacífico que todos acompanharam, não teve nenhum ato de violência e foi postado nas redes sociais.

– Hoje, de surpresa, invadiram o CT para conversar com os atletas, que não estavam, e por conta disso vieram na sede social. Invadiram o clube, infelizmente teve um momento mais turbulento, início de confusão, mas a gente conseguiu chegar e conversar com os ânimos controlados. Estamos indo para delegacia registrar a ocorrência como invsão ao clube, isso não pode acontecer. Não houve nenhum dano, ninguém machucado e está tudo certo. Foi um susto quando eles entraram.

Mais cedo, no CT Joaquim Grava, os torcedores invadiram por meio de uma cerca que divide o CT da base e o espaço dos profissionais. Seguranças tentaram conversar, mas não ouve diálogo. Segundo relatos da ESPN, torcedores disseram que “acabou a paz”.

Mais cedo, os muros do Parque São Jorge apareceram pichados com mensagens de protesto e ameaças.

– Eles cobram resultado ao longo do campeonato, os últimos resultados não têm sido favoráveis. A gente falou que a Polícia está aqui, vamos instaurar um inquérito policial pelo que aconteceu hoje e isso serve de lição, de recado que não vai voltar a acontecer, assim como prometeram um diálogo pacífico e a diretoria fez promessas de acordo com o que foi conversado – completou Saad.

Carros de Polícia no Parque São Jorge, sede do Corinthians — Foto: Reprodução

Carros de Polícia no Parque São Jorge, sede do Corinthians — Foto: Reprodução  (GE)