O STJD, em abertura de inquérito divulgada no começo da noite desta sexta-feira, determinou que John Textor, dono da SAF do Botafogo, terá três dias para apresentar provas sobre corrupção de arbitragem no futebol brasileiro.

Em entrevista após a vitória sobre o Bragantino, na última quarta-feira, pela Conmebol Libertadores, o norte-americano afirmou ter “juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas”.

– Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas – afirmou o empresário.

Veja a determinação do STJD:

“O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, José Perdiz de Jesus, deferiu nesta sexta, 8 de março, o pedido de instauração de inquérito solicitado pela Procuradoria para investigar a denúncia de corrupção na arbitragem brasileira feita por John Textor, dono da Saf Botafogo. O presidente determinou ainda a abertura de vista para que Textor apresente em três dias as provas que alega possuir.”

Caso não cumpra o prazo, Textor pode ser denunciado no artigo 223 do CBJD [Deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão]. Ele pode ser suspenso entre 90 a 360 dias, além de levar multa de R$ 100 mil. (GE)