“Se não fosse a atuação de Alexandre de Moraes, nós teríamos nos tornado um pântano institucional”, afirmou o também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, nesta última quarta-feira, 6 de agosto, em entrevista coletiva ao chegar ao Fórum Saúde, realizado pela organização Esfera Brasil e pela empresa EMS Farmacêutica, em Brasília.
Para o ministro decano da Suprema Corte, “o Brasil deve muito à atuação” de Moraes “durante todo esse período” desde a pandemia do novo coronavírus (covid), da atuação dele à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022 “depois com todas essas questões de fake news, , um trabalho desafiador”.
A declaração de Gilmar Mendes aconteceu após serem publicados algumas matérias informando que o ministro Alexandre de Moraes estaria isolado naquela Corte, após a decisão dele na última segunda-feira, 4 de agosto, em que decretou prisão domiciliar do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) em virtude de descumprimentos de medidas cautelares impostas a ele no final de julho.
“O ministro Alexandre tem toda a nossa confiança e o nosso apoio. (…) Não tem isolamento algum. Eu tenho muito orgulho de ter Alexandre Morais como colega, eu já disse isso várias vezes a vocês. (…) Já disse isso algumas vezes, se não fosse a atuação dele, nós teríamos nos tornado um pântano institucional”, complementou.
TARIFAS
O ministro Gilmar Mendes afirmou ainda “que não é normal” um agente político brasileiro, como o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) estar residindo nos Estados Unidos da América (EUA) para fazer lobby e pressão junto ao governo de outro país, como no caso o governo norte-americano de Donald Trump, para através da “tentativa de fazer valer as tarifas” impostas às exportações brasileiras “para obter mudanças institucionais”.
“Ou seja, afetar a soberania dos países. Isso é claramente repudiável e claramente não é aceito pelas nações maduras, como é o caso do Brasil. E as ações impostas ao ministro Moraes também deixam clara essa tentativa”, completou Gilmar Mendes comentando também a decisão de Trump de aplicar contra Moraes a legislação dos EUA comumente utilizada para incluir pessoas e países inimigos do governo estadunidense.
(Por Humberto Azevedo)

