O Santos deve definir a saída do técnico Pedro Caixinha em reunião nesta segunda-feira. O encontro, que será comandando pelo presidente Marcelo Teixeira e contará com o CEO Pedro Martins, tem como objetivo recalcular a rota no Brasileirão depois do início com um empate e duas derrotas – a últimas delas para o Fluminense, domingo, no Maracanã.

— Já marquei agora há pouco para conversaremos para fazer uma avaliação e, desta avaliação, tomarmos as melhores decisões, com vistas à continuidade de nós alcançarmos os objetivos do ano — disse o presidente em evento de comemoração aos 113 anos do Santos nesta segunda, ainda sem confirmar o desfecho da saída de Caixinha.

Segundo o mandatório santista, a reunião terá a participação do CEO e de membros da comissão técnica.

— Para nós analisarmos bem, não o resultado, não é questão de resultado. É avaliar o que nós já tivemos no Campeonato Paulista, o que é este início de Brasileiro, já com a composição com o grupo, com o tempo necessário que existe de treinamentos. Isso tudo será ponderado e analisado. Eu conversei muito rápido com o Pedro Martins pelo manhã, agora quero ouvi-los e levar a decisão ao Comitê de Gestão de uma forma definitiva.

— Quero ouvir os profissionais, porque é fundamental nós estarmos compartilhando e, ao mesmo tempo, ouvindo o que eles têm para argumentar, para a gente fazer a melhor decisão possível.

Apesar de uma predisposição inicial, na noite de domingo, de manter Caixinha até o jogo contra o Atlético-MG, nesta quarta-feira, às 21h30, na Vila Belmiro, a diretoria do Santos tende a acertar a saída de Caixinha ainda nesta segunda.

— Pressão continuará sempre existindo, sempre tendo, é normal, estou bem acostumado a lidar com essa pressão, tanto nas vitórias, nos títulos, nesses momentos de transição, é normal acontecer. Todos estão nos seus legítimos direitos. Apenas nós é que temos de tomar as decisões corretas e justas para que a gente consiga continuar essa caminhada que levará o Santos à vontade que todos os torcedores têm. Eu posso assegurar que o caminho está sendo feito para que a gente consiga alcançar o desejo e o sonho de todos os torcedores santistas — finalizou o presidente.

Com Caixinha, contratado em janeiro, o Santos disputou 16 partidas. São seis vitórias, três empates e sete derrotas.

No Campeonato Paulista, o Peixe caiu na semifinal para o Corinthians. No Campeonato Brasileiro, o time chegou à terceira rodada sem vencer.

Comemoração de aniversário

O presidente participou, nesta segunda, de solenidades em comemoração aos 113 anos do clube. Ele esteve no Monte Serrat, um dos pontos turísticos de Santos, onde houve o hasteamento da bandeira santista. O padre José Myalil Paul celebrou uma missa de celebração à data.

O evento contou com a presença de ídolos históricos do Santos, como Pepe, Edu, Manoel Maria, Abel e João Paulo, além de funcionários e diretores do clube, bem como de torcedores e estudantes de uma escola municipal.

O Santos começou mal o Campeonato Brasileiro, com apenas um ponto conquistado entre nove possíveis.

Nas três rodadas iniciais, o time estreou com derrota para o Vasco por 2 a 1, de virada, em São Januário, ficou no empate com o Bahia em 2 a 2 na Vila Belmiro e perdeu para o Fluminense por 1 a 0 no Maracanã.

Bancado pelo CEO, Pedro Martins, o trabalho de Caixinha vem sendo questionado desde o tropeço da estreia, classificado publicamente como inadmissível pelo presidente Marcelo Teixeira.

A pressão aumentou com o resultado seguinte, já que o time chegou a estar vencendo e deixou os três pontos escaparem, e chegou ao ápice com o revés sofrido nos acréscimos nesse domingo, em um jogo amplamente dominado pelo adversário. (GE)