A Libertadores 2025 terá um capítulo especial nesta quarta-feira (29/10), quando Racing (ARG) e Flamengo se enfrentam, a partir das 21h30 (de Brasília), pela volta da semifinal. No entanto, engana-se quem pensa que os únicos envolvidos são os torcedores dos dois times.
Afinal, a rivalidade na América do Sul é das mais ferrenhas do mundo da bola. Na Argentina, é claro, a história não é diferente. Dessa forma, o Jogada10 – presente em Buenos Aires – dá uma guinada no mote deste esperado jogão e traz a visão por meio da rivalidade.
O torcedor do Independiente, maior rival do Racing, Javyer Gomez levou o J10 a um passeio por Avellaneda, onde encontram-se os estádios das duas equipes. Durante o “tour”, Chavi Rojo, como também é conhecido, deu maiores detalhes sobre o “ódio” entre as torcidas. Não à toa, o motorista estará nas arquibancadas do Cilindro. Assim, sem surpresa, declarou para quem torcerá.
“Flamengo 100%! Não, 200%. A única alegria do Independiente no ano tem que ser o Flamengo. Se não, vai ser um ano muito ruim para nós. Já é muito ruim (risos), mas se o Racing ganhar vai ser pior”, afirmou, em tom humorado.

Entre muitas histórias, o torcedor contou das vezes em que brigou com a torcida adversária nas cercanias dos estádios, separados por poucos metros. À época, quando Javyer ainda era de uma torcida organizada, as brigas eram constantes, mas continham “códigos”.
“Sim, aqui a gente briga só entre quem quer brigar. Não mexemos com mulheres e crianças. No Brasil, me parece que é um pouco diferente. Aqui, temos códigos”, revelou o torcedor, que entrava em pancadarias constantemente.
Chavi também falou sobre as ruas de Avellaneda, que estão sendo pintadas de vermelho com menções ao Independiente.
“Eles (torcida do Racing) não fazem nada. Estamos pintando todas as ruas de vermelho, e se deixar pintaremos também o Cilindro (risos)”, brincou.

Mas e o time do Racing?
No entanto, deixando a rivalidade de lado por alguns instantes, Javyer elogiou o atual time do Racing. Sem clubismo, o “hincha” do Independiente declarou que vê uma equipe raçuda e que sabe jogar Copas.
“Nesse sentido, vamos falar sério. Tem um bom time, muita raça, e sabem jogar jogos de Copa. No torneio, não estão tão bem. Mas ganharam a Sul-Americana (2024), e toda a Libertadores vêm jogando bem”, afirmou.
Sobre o Independiente, maior campeão da Libertadores (sete conquistas), mas que não vence desde 1984, aguarda um ano melhor em 2026. Em 2025, o time foi eliminado da Sul-Americana após brigas entre torcidas no estádio da Universidad de Chile, nas oitavas de final; caiu na semifinal do Apertura para o Huracán, deu adeus à Copa Argentina nas oitavas em derrota para o Belgrano, e surge apenas na 29ª colocação do Clausura.
“Sim, é o que esperamos (ano melhor em 26), seguramente. O próximo ano tem eleição. Dizem que Luciano Nakis vai ser o próximo presidente. Ele é braço direito da AFA, de Chiqui (Claudio) Tapia. Torcer para ter uma sorte ou uma ajuda”, brincou. (Jogada 10)


