Cuca não é mais o técnico do Athletico. Em reunião nesta segunda-feira, no CT do Caju, treinador e dirigentes chegaram ao consenso que é melhor encerrar o ciclo. Com isso, o Furacão irá para o seu terceiro técnico no ano do centenário, uma vez que Juan Carlos Osório caiu pouco antes do fim da primeira fase do Campeonato Paranaense.
A reunião teve as presenças de Cuca, Márcio Lara (diretor financeiro), André Mazzuco (diretor de futebol) e Alexandre Leitão (CEO). O treinador foi o primeiro a chegar, por volta das 8h20. Mazzuco entrou no CT do Caju às 9h (horário marcado para a reapresentação do elenco), enquanto Leitão chegou às 9h20. O papo começou às 9h40 e durou cerca de 20 minutos.
A saída de Cuca era uma forte tendência ainda na noite de domingo. Na entrevista coletiva após o 1 a 1 contra o Corinthians, o terceiro empate seguido com gol nos acréscimos, o treinador falou sobre uma conversa que pretendia ter com a diretoria do Athletico para tratar sobre seu futuro, indicando que não saber se iria permanece no comando do Furacão, principalmente por não concordar com críticas dos torcedores, que gritaram “vergonha”.
De acordo com o Blog da Nadja, antes de se encaminhar para a entrevista coletiva, o treinador reuniu o elenco no vestiário e disse que estava fora do Athletico. Em seguida, ele se dirigiu à sala de imprensa da Ligga Arena, onde teria também a presença de Fernandinho, mas a participação foi cancelada. As palavras utilizadas por Cuca não caíram bem com alguns jogadores e dirigentes.
Internamente, o que houve no vestiário da Ligga Arena foi considerado algo grave e não condizente com a postura de um treinador profissional. Isso porque, na visão da diretoria do Furacão, o treinador expôs uma situação que era tratada de maneira restrita. Por isso, tudo que o técnico falou à imprensa fez quem era a favor dele ficar contrário e, assim, o clima para uma possível “reconciliação” se tornar inviável.
Cuca encerra seu ciclo pelo Athletico, clube do qual é torcedor, com 23 jogos e aproveitamento de 66% dos pontos disputados, além da conquista do Paranaense. Foram 14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas, algumas delas consideradas inacreditáveis, como para Danubio e Sportivo Ameliano, ambas na Ligga Arena, pela Copa Sul-Americana. (GE)