Por Bruna Ghetti

O sono cumpre um papel extremamente importante para a longevidade e o bem-estar. Não são poucos os estudos que reforçam uma relação direta entre uma noite bem dormida e a nossa saúde física e mental. Ou seja, dormir não é apenas uma necessidade fisiológica, mas também um processo para a recuperação do corpo e para o equilíbrio emocional.

Para as mulheres acima dos 40 anos, esse tema ganha ainda mais relevância, especialmente porque o sono costuma mudar nessa fase. Durante toda nossa vida, ele atua de forma essencial em atividades vitais para o ser humano, como na regulação hormonal. No entanto, esse estado fisiológico não é estático e, conforme envelhecemos, ele, igualmente, passa por alterações.

No caso das mulheres, a transição para o período de menopausa traz mudanças que impactam diretamente no padrão considerado ideal, provocando o aumento de episódios de insônia. É verdade que já na chamada pré-menopausa é possível notar alterações hormonais ondas de calor que transformam o sono em uma experiência com menor qualidade.

Nessa fase, o cansaço que deveria ser aliviado pelo sono acaba sendo ampliado, criando um ciclo vicioso que afeta o humor, a produtividade e até a relação com o próprio corpo. Portanto, é fundamental entendermos que a má qualidade do sono não atinge apenas nossa disposição diária, mas pode desencadear uma série de problemas de saúde.

Risco de doenças cardiovasculares, ganho de peso, diabetes, depressão e até redução da capacidade cognitiva. Tudo isso pode resultar em noites mal dormidas. A boa notícia é que existem estratégias que podem ajudar a melhorar a qualidade do sono. Criar uma rotina noturna consistente, como estabelecer horários regulares para dormir e acordar, é um ponto de partida importante.

Práticas como evitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir, reduzir o consumo de cafeína e investir em um ambiente tranquilo e confortável no quarto também fazem a diferença. Outras medidas incluem buscar atividades que promovam relaxamento, alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos. Em casos mais severos, o acompanhamento médico é fundamental.

Meu convite às mulheres é simples: cuidem do seu sono com o mesmo carinho que cuidam de suas rotinas diárias. Acima dos 40 anos, o sono se torna ainda mais precioso, pois ele atua como um grande aliado para enfrentar as mudanças do corpo e da mente. Uma noite bem dormida é um investimento em mais saúde e felicidade.

Drª Bruna Ghetti é médica ginecologista, referência em saúde íntima e longevidade da mulher

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