A presidente da Câmara de Cuiabá, Paula Calil (PL), desconversou sobre as suspeitas de interferência do Comando Vermelho (CV) no legislativo municipal. A suposta relação de vereadores eleitos e reeleitos com a facção criminosa foi levantada durante as discussões sobre a eleição da nova Mesa Diretora, realizada no início de 2025. Paula se posicionou afirmando que não há qualquer informação concreta sobre o caso e que eventuais acusações devem ser tratadas pelos órgãos competentes.

O tema ganhou repercussão após declarações do prefeito Abilio Brunini (PL), que afirmou ter interferido na eleição da Mesa Diretora ao receber informações de que parlamentares estavam sendo financiados pelo CV para influenciar o comando da Casa. O vereador Rafael Ranalli (PL), em seu primeiro mandato, chegou a anunciar que apresentaria uma lista de colegas supostamente ligados à facção, mas recuou após a posse.

Ao ser questionada sobre o impacto dessas suspeitas na credibilidade da Câmara, Paula afirmou, durante participação no PodOlhar, que não possui informações sobre nomes de parlamentares supostamente envolvidos. “Eu não posso julgar ninguém, eu não sei quem são os nomes, porque estou na mesma situação que você. Não foi divulgado nenhum nome, a gente não sabe, e é uma questão de justiça”, declarou.

A presidente reforçou que, caso chegue alguma denúncia formal à Câmara, a Mesa Diretora tomará as medidas necessárias, incluindo a análise de eventuais casos na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar. “Se surgir, a gente vai proceder da forma mais correta possível dentro da Câmara Municipal de Cuiabá. Ninguém vai se sentar em cima, todos vão ter um tratamento igualitário”, garantiu Paula.

Apesar de minimizar as suspeitas, a presidente reconheceu que a repercussão pode prejudicar a imagem do legislativo. No entanto, ela destacou que a prioridade é avançar em pautas importantes para a população e aguardar a apuração dos fatos pelas autoridades competentes. “Eu torço para que isso não seja verdade. Da atual legislatura, nós não temos nome de ninguém, não temos nada de informação”, concluiu.

(Olhar Direto)