O alzheimer é uma doença conhecida há mais de um século pela medicina. Os primeiros documentos a respeito da doença são datados de 1906, quando começaram a ser registrados os primeiros casos. Naquela época, os casos eram descritos e os documentos mostram que muita coisa foi descoberta de lá para ca. A medicina, com muita pesquisa e desenvolvimento, encontrou uma série de descobertas que auxiliaram muito na maneira como a doença é tratada.
As mudanças trouxeram maior qualidade de vida para quem é acometido, mas também melhores condições de vida para quem cuida do paciente. Afinal de contas, a exemplo de outras doença, essa é uma condição que afeta tanto o paciente quanto toda a família ao seu redor. O alzheimer é uma doença classificada como “neurodegenerativa” e afeta principalmente pacientes idosos, mas este grupo também tende a ser composto mais por pacientes do sexo feminino.
Como é esperado, devido a anos de pesquisas, muitas perguntas foram respondidas no que diz respeito a doença. Ainda assim, também existem muitas dúvidas e até bem fundamentais. Por exemplo, não é conhecido pela ciência ainda o porquê do desenvolvimento da doença. Por que a doença se desenvolve, como ela se desenvolve? Por que as mulheres são mais afetadas do que os homens?
Pesquisadores de várias instituições do mundo tentam descobrir as respostas para essas perguntas e pode ser que algumas delas tenham começado a surgir. Pesquisadores de duas Universidades dos EUA se uniram para se aprofundar no assunto e podem ter feito descobertas enormes no que diz respeito a doença e a sua predominância em mulheres. Os pesquisadores identificaram que o gene MGMT parece estar relacionado com um maior risco da doença. O gene é conhecido por desenvolver as proteínas beta-amilóide e tau, que, por sua vez, são conhecidos biomarcadores de demência.
O cérebro de um indivíduo com alzheimer demonstra a presença de placas com partes da proteína beta-amilóide. O problema disso é que essa proteína é tóxica e, quando acumulada, causa dano aos neurônios. Consequentemente, o indivíduo passa a apresentar os sintomas conhecidos do alzheimer – que é considerado a principal doença de demência do mundo.
Já se sabia anteriormente que mulheres eram mais sujeitas a apresentar o gene APOE ε4, conhecido fator de risco para indivíduos com mais de 65 anos. No entanto, o diagnóstico de pacientes do sexo feminino que não apresentavam o gene ainda era um mistério. Agora essas perguntas começam a ser respondidas. “Por causa de fatores genéticos como esses e outros riscos específicos, como a redução do hormônio estrogênio durante a menopausa, as pacientes do sexo feminino podem desenvolver a doença com mais frequência”, explica o diretor da Clínica de Prevenção ao Alzheimer na Florida Atlantic University, Richard Isaacson.
A pesquisa é resultado de uma colaboração entre as Universidade de Chicago e Boston, ambas nos EUA. O resultado completo do artigo foi publicado na prestigiada revista científica The Journal of the Alzheimer’s Association. Embora os resultados da pesquisa sejam muito promissores, os cientistas defendem que novos estudos precisam ser conduzidos para que respostas ainda mais seguras sejam alcançadas.
(Roberta M.)