A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO/MT) descobriu a participação de um vereador de Cuiabá, cujo nome não foi revelado, no esquema de lavagem de dinheiro de uma facção criminosa por meio de shows em casas noturnas da Capital. De acordo com a polícia, o parlamentar municipal recebia propina para fazer a interlocução entre o grupo e os agentes públicos que liberavam a documentação para os eventos.

Fatos foram descortinados no âmbito da Operação Ragnatela, deflagrada nesta terça-feira (5), em Cuiabá. Ao todo, estão em cumprimento oito ordens de prisões preventivas, 36 buscas e apreensões, nove sequestros de bens imóveis e 13 de veículos; e ainda duas ordens de afastamento de cargos públicos (policial penal e fiscal da prefeitura), quatro suspensões de atividades (casa de shows) e bloqueios de contas bancárias.

Núcleo estaria ligado à facção criminosa carioca Comando Vermelho e, inclusive, atuava vetando shows de artistas paulistas, Estado ligado ao PCC, em Cuiabá sob pena de sanções.

O esquema incluiu ainda o contrabando de celulares para dentro de penitenciárias facilitando a comunicação entre os faccionados presos e em liberdade e a compra de uma casa noturna pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie.

Dois dos criminosos chegaram a fugir para o Rio de Janeiro, mas foram abordados dentro de uma aeronave, logo após o posou no aeroporto carioca Santos Dumont no sábado (1º).

(HNT)