E nas madrugadas, quando a alma se agita e busca na quietude, a calma para a sua angústia, percebe o abismo que a separa do sonho e da realidade…
E à esmo, procura a tal felicidade por onde andou, por onde anda… estará ela onde andará?
Nas antigas lembranças buscou, revolveu memórias, e estas estavam lá, tão longe, tão puras, todavia tão irreais; esqueletos dos versos não ditos, das coisas não feitas.
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– Palavras são palavras, e nada mais…???
– Mãe, por mais um pouco e DEUS te faria eterna!
E os olhos de ontem olham o hoje que restou, os olhos da alma que se contorce sedenta da tal felicidade…em sua busca, clama, mas seu lamento não é ouvido, e tudo vai ficando novamente distante, longe…
A tal felicidade não está no passado, o passado hoje é presente. Intrinsicamente ligados, mas o presente não perdoa o tempo desprezado, tampouco as lágrimas que se perderam.
E a alma salta dos trilhos, em fuga, e na escuridão tenta encontrar o caminho, se encolhendo na solidão do passado e do presente, perdida na dimensão do espaço, se encolhendo no medo do futuro…medo, porque o futuro não há, só fantasia…
E a tal felicidade, onde?
*DULCE LÁBIO é comerciante, Assessora Free Lancer e atuou na imprensa em Mato Grosso.
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