O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) afirmou na quinta-feira (21) que a obra para construir uma trincheira na Avenida Miguel, próxima à entrada do bairro Jardim Leblon, está prejudicando os empresários da região.
A categoria ficou alarmada após a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) divulgar que o local seria interditado. Os técnicos anunciaram a medida após identificarem uma movimentação do solo que pode causar desabamento das estruturas.
Durante reunião na Casa Civil com o secretário Fábio Garcia (União), Diego disse haver “dificuldade com informações” e defendeu um melhor auxílio aos empresários prejudicados. O encontro também contou com a participação de líderes bairristas e comerciais.
“Os empresários estão sendo impactados pelas obras, mas não dá para ‘fazer uma omelete sem quebrar os ovos’, então há transtorno. Há famílias e postos de trabalho que precisam ser mantidos para que, após as obras, possam colher os frutos com a maior trafegabilidade”, disse.
“Percebemos dificuldade com as informações e problemas por conta de veículos pesados que estavam passando. Será feito um canal de comunicação para que, semanalmente, os empresários recebam um boletim do andamento da obra e a previsão das próximas semanas”, acrescentou.
Conforme a Sinfra, a obra deve ser concluída em agosto de 2026. O deputado, entretanto, afirmou que uma fiscalização eficiente pode antecipar o prazo.
“O secretário Fábio Garcia, junto ao representante da Sinfra e Energisa, trouxe informações e se comprometeu a acelerar o passo. Há previsão de que a obra seja entregue até agosto de 2026. Estaremos acompanhando até que aconteça [a conclusão] ou o cronograma seja antecipado. Saímos felizes e mais organizados para auxiliar essas empresas e comerciantes”, completou.
“Estão fechando as portas”
O diretor da Associação Comercial de Cuiabá (ACC), Rodrigo Yakao, avaliou que muitas empresas estão “fechando as portas” devido ao transtornos e prejuízos causados pela construção da trincheira na Avenida Miguel Sutil.
Além disso, considerou que a obra diminuiu a qualidade da segurança pública na região. Isso porque houve o esvaziamento de moradias cujas estruturas são utilizadas por dependentes químicos.
“Prejudica o comércio, porque as pessoas estão preferindo não passar por lá. Tem problema de locomoção, estacionamento, obra… Está causando problema para as casas ao redor”, contou.
“Tem muitos lugares que estão fechando as portas. O pessoal que não tem onde ficar entra, comercializa droga e mora lá. Tem muita casa desapropriada por causa das obras, que não derrubaram e a construção ficou”, explicou.
O presidente do bairro Jardim Leblon, Claudir Rocha – conhecido como “Chico Leblon –, pontuou que houve comércios com queda de 50% no faturamento mensal.
“Os comércios tiveram uma baixa superior a 50%. Defendo que o Governo do Estado dê um crédito a eles, um ressarcimento ou ajuda de custo. Hoje o comércio fomenta emprego, imposto, então queremos ver se há possibilidade de eles ajudarem os comerciantes com um incentivo”, concluiu.
O deputado estadual Diego Guimarães afirmou que acompanhará a obra até sua conclusão – Assessoria