A nova política para a industrialização brasileira terá investimento de R$ 300 bilhões até 2026. A iniciativa define metas a serem implementadas até 2033 e foi lançada nesta segunda-feira (22) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O lançamento ocorreu durante a reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto, quando o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, entregou o texto da iniciativa a Lula.
A nova política prevê linhas de crédito especiais, recursos não reembolsáveis, ações regulatórias e de propriedade intelectual, obras e compras públicas. Alckmin afirmou que a iniciativa é um “compromisso do governo com a nova indústria inovadora, sustentável, com descarbonização, exportadora e competitiva”.
O investimento será gerenciado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Parte do valor a ser investido foi anunciado pelo CNDI em julho de 2023, e outros R$ 194 bilhões foram adicionados à política.
O CNDI foi responsável pela construção da medida, feita ao longo do segundo semestre do ano passado. O grupo é formado por 20 ministérios e também pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e por 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores.
A produção industrial brasileira voltou a ganhar força em novembro de 2023, ao crescer 0,5%, na série com ajuste sazonal. O indicador continua 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a novembro de 2022, a produção subiu 1,3%. No acumulado de 2023, a alta é de 0,1%. Portanto, o setor segue “andando de lado”, não apresentando avanços significativos nos últimos anos.
Entenda
O programa lançado pelo governo é dividido em seis partes — cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética; complexo econômico industrial da saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis; transformação digital da indústria; bioeconomia, descarbonização e transição energética; e tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais.
(R7)