O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) afirmou em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, nesta segunda-feira (22), que apesar de ter sido traído nas eleições municipais de Cuiabá, não descarta o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), em uma eventual candidatura ao governo em 2026. Botelho e Pivetta
pertencem ao mesmo grupo político.

“Entre apoiar Otaviano Pivetta, que é do nosso grupo, e apoiar um outro grupo, fico apoiando esse grupo. Embora traído, está dando resultado para o povo de Mato Grosso, melhoramos a saúde, melhoramos a segurança e a infraestrutura. Então, eu prefiro ficar dentro desse grupo, não vou me aventurar procurando grupos e nem traindo
companheiros. Não é porque fui traído que vou usar a mesma régua. Eu não largo companheiro, não traio companheiro”, justificou Botelho.

O deputado estadual ressaltou que a disputa dentro da base governista ainda está em aberto e citou que tanto Pivetta quanto o senador Jayme Campos (União) são nomes colocados como alternativas. Ele destacou que, enquanto o PL já está consolidado em torno da pré-candidatura de Wellington Fagundes, União Brasil e Progressistas ainda discutem os rumos de 2026.

“O União Brasil e o PP devem ter seus candidatos, e ainda está em discussão, inclusive, tenho falado, o nome do Piveta, mas temos também o Jayme Campos… Lá no PL eles tem o Wellington, se eles já ‘socaram o pé’ no Wellington é problema deles. Nós temos o grupo e nossos candidatos. Nesse grupo tem Pivetta, tem Jayme Campos”.

Botelho ainda negou qualquer possibilidade de migração do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) para o PL, como chegou a ser ventilado nos bastidores políticos. Segundo ele, nunca ouviu nem de Pivetta, nem do governador Mauro Mendes (União), qualquer tratativa nesse sentido. O deputado estadual diferenciou apoio de migração partidária.

“Se unir tudo bem, pode ter apoio lá na frente, mas que ele estaria migrando para o PL…
Primeiro que não acho legal isso, acho que aí seria querer um oportunismo, querer mostrar o que não é, não é por aí. Ele nunca foi PL radical, o PL é o partido mais radical bolsonarista, não é o Pivetta, ele querer mostrar isso agora não vai colar. Agora, se o PL e alguns partidos, como Abilio disse, que ele vai apoiar o Pivetta e o Mauro, beleza, ele pode apoiar… Isso não tem nada haver com o apoio do partido a candidatos do PL”.

O deputado também foi enfático ao reafirmar sua ligação histórica com Jayme Campos, a quem chamou de líder político. “Eu sou de grupo, sou ‘Jaymista’. Se o Jayme for candidato e dizer isso publicamente, eu vou apoiá-lo. Tenho gratidão, minha vida política foi ligada a ele. Se ele não for, apoio alguém do grupo, como o Pivetta”.

(Olhar Direto)