O Rei do Saibro agora se torna também um dos imperadores do tênis. Com uma atuação de gala neste domingo, Rafael Nadal superou Novak Djokovic por 3 sets a 0, parciais de 6/0, 6/2 e 7/5, em 2h41, conquistou o 13º título em Roland Garros e, de quebra, chegou ao 20º Grand Slam de sua carreira, igualando o recorde de Roger Federer como o maior vencedor nos torneios mais importantes do circuito profissional.
A vitória deste domingo foi a de número 100 na carreira de Rafael Nadal atuando em Roland Garros. Um feito expressivo de quem foi derrotado apenas duas vezes em 16 participações no Grand Slam – o espanhol ainda teve uma desistência em 2016, quando sofreu uma lesão no punho. Não deixou de ser uma espécie de revanche também sobre Novak Djokovic, que o tinha vencido no último encontro entre eles em Paris, nas quartas de final de 2015.
Rafael Nadal ainda emplaca uma sequência impressionante de 26 vitórias consecutivas em Roland Garros, garantindo os títulos de 2017, 2018, 2019 e 2020, além dos dois triunfos em 2016, quando houve desistência e o W.O na terceira rodada. O espanhol não soma pontos no ranking, uma vez que defendeu sua conquista.
Novak Djokovic contra Rafael Nadal em Roland Garros — Foto: REUTERS
A campanha em 2020 foi impecável do início ao fim. Mesmo com as condições diferentes para essa temporada, com o clima mais frio, quadra pesada e bolinhas consideradas mais lentas, Rafael Nadal se adaptou rapidamente e conquistou as seis vitórias sem perder um set sequer. Foi a quarta vez que o espanhol conseguiu alcançar o título sem ter um set perdido em Roland Garros: 2008, 2010, 2017, 2020
Vencer um torneio por 13 vezes na história do tênis se torna um feito único na conta de Rafael Nadal. Jamais um jogador, em qualquer nível de competição, sejam ATPs 250, 500 ou Masters 1000, conseguiu vencer tantas vezes no mesmo lugar e o espanhol alcançou a marca num Grand Slam.
O jogo
Foi um início avassalador de Rafael Nadal. Apesar de Novak Djokovic imprimir um ritmo forte e buscar variações, curtinhas… o espanhol esteve em todas as bolas. Foram apenas dois erros não forçados ao longo de todo o primeiro set, 10 winners marcados e um volume de jogo impressionante. Assim, construiu uma vitória por 6/0, com três quebras de serviço, algo que poucos imaginavam. O sérvio ainda teve três break points, mas não conseguiu converter nenhuma das oportunidades.
Rafael Nadal contra Novak Djokovic na final de Roland Garros — Foto: REUTERS
O segundo set foi uma certa continuação do que vinha acontecendo. A tática de Nadal funcionava bem, o backhand estava afiado e as curtinhas de Djokovic pouco incomodavam. O sérvio, mentalmente abalado, passou a errar mais, não conseguiu chegar a qualquer break point e viu o espanhol passear mais uma vez, fazendo 6/2.
O título estava a caminho e Nadal chegou a conquistar mais uma quebra de serviço, mas Novak Djokovic dessa vez reagiu. Empatou em 3/3 e levantou o público. O sérvio elevou o nível, mas não foi o suficiente para incomodar o espanhol. Com um game de serviço mal jogado, cometeu dupla falta e viu Nadal sacar com autoridade em 6/5 para garantir o título da competição. (Globo Esporte)