Uma mulher morreu neste domingo (4) depois de ficar 10 dias esperando uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública de saúde, em Cuiabá. Ela não conseguiu a vaga mesmo com decisão judicial.
Dulcineia Piaba de Oliveira Rodrigues, de 44 anos, trabalhava como dona de casa. Ela estava internada na Policlínica do bairro Pedra 90 em decorrência de uma pneumonia e insuficiência renal.
A paciente precisou ser intubada e, segundo familiares, corria grave risco porque precisava de um leito de UTI.
O juiz José Luiz Leite Lindote, da Primeira Vara Especializada da Fazenda Pública da Comarca de Várzea Grande, havia concedido liminar a pedido da família onde determinava que o estado ou o município providenciassem a vaga para a paciente.
A decisão, feita na sexta-feira (2), não foi cumprida e a Dulcineia morreu.
A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá informou que Dulcineia estava regulada para leito de UTI que não é para paciente com Covid-19, mas que neste momento não havia vagas de UTI disponíveis em nenhum hospital público da capital. Ela foi testada para o coronavírus e deu negativo.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), por meio da Central Estadual de Regulação, informou que as equipes técnicas tentavam a localização de vaga em uma unidade de saúde de referência para a paciente.
Dulcineia deixa cinco filhos e nove netos.