O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nessa segunda-feira (25.03) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentem, no prazo de 48 horas, explicação sobre a estadia de dois dias na Embaixada da Hungria.

O jornal dos Estados Unidos The New York Times mostrou que Bolsonaro passou duas noites na embaixada húngara. Ele chegou ao local na noite de 12 de fevereiro e partiu na tarde de 14 de fevereiro, logo depois que foi alvo de operação da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma tentativa de golpe de Estado no país, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, sendo que na ocasião o ex-presidente teve o passaporte retido.

A publicação sugere que Bolsonaro teria ido até o local para sondar a possibilidade de asilo político na Hungria. No caso de um mandado de prisão, conforme o jornal americano, o ex-presidente estaria protegido dentro embaixada, uma vez que ela é considerada território estrangeiro.

Porém, em nota o ex-presidente afirmou que foi ao local para manter contatos com autoridades do país. “Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires. Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, diz nota de Bolsonaro.

(VGNJur)