Mesmo após ter decretado estado de calamidade financeira em Cuiabá, o prefeito Abílio Brunini (PL) descartou procurar o presidente Lula (PT) para pedir recursos. A negativa ocorre, pois, segundo o gestor, o petista não socorreu outros estados com situações mais graves como o Rio Grande do Sul.

“Ele não ajudou nem o Rio Grande do Sul durante uma tragédia e vai ajudar a gente aqui? Não, eu não tenho nem que falar com ele”, refutou o prefeito.

A informação do prefeito diverge da Agência Brasil. Segundo o portal de notícia, o governo federal destinou R$ 98,7 bilhões a ações emergenciais e recursos para reconstrução de infraestrutura e de apoio à população e empresários do Rio Grande do Sul.

O estado enfrentou enchentes e uma tragédia climática devido às fortes chuvas nos meses de abril e maio deste ano. Os recursos foram destinados, por exemplo, para antecipação de benefícios, linhas de crédito e investimento novo. Dos R$ 98,7 bilhões, R$ 42,3 bilhões foram efetivamente pagos pela União.

Decreto de calamidade financeira

Abilio cita que herdou uma dívida de R$ 1,6 bilhão da gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). Os efeitos do decreto serão válidos por 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por igual período.

No ato, é explicado que a calamidade financeira é motivada pelo crescimento da dívida do município nos últimos oito anos. O gestor explica que, no período de 2017 a 2024, o valor saltou para R$ 1,6 bilhão, levando atualmente a perda da capacidade financeira da Prefeitura de Cuiabá em manter e expandir serviços públicos de qualidade aos cidadãos.

(Olhar Direto)