Depois de quase um ano de atraso, os médicos que atuam nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Pediátrica, Nefrologia e Anestesia no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) receberam, nesta quinta-feira (18.01). Os valores devidos eram relativos aos meses de janeiro e fevereiro de 2023. A quitação destes débitos ocorreu após a atuação do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT). Representantes da autarquia estiveram na unidade de Saúde nesta semana para buscar a regularização de todos os vencimentos devidos aos profissionais e se reuniram com a direção da unidade.
Presidente do CRM-MT, o médico Diogo Sampaio ressalta que uma das atribuições do conselho é a defesa da dignidade do médico, que inclui boas condições de trabalho e uma remuneração justa. “Agimos nesse caso para garantir a solução dessa situação exdrúxula. Era inadmissível conviver com atrasos de praticamente um ano. Qual categoria profissional suporta uma situação dessas? O Conselho exigiu que as medidas fossem tomadas para o pagamento dos médicos. Os atrasos prejudicam a atuação dos médicos e, consequentemente, o atendimento de toda a sociedade”, pontua.
Sampaio destaca que os médicos que atuam no HMC não estavam pedindo aumento salarial ou o pagamento adiantado pelos serviços prestados, mas sim de valores que deveriam ter sido quitados no início de 2023. “Não há como um médico trabalhar e não receber. Seguiremos cobrando e buscando todas as alternativas sempre que a dignidade médica for afetada em situação como essa, de atraso nos pagamentos aos médicos. Esse é o nosso compromisso. Seja qual for o município ou estabelecimento de saúde, no estado do Mato Grosso , estaremos sempre ao lado do médico e da dignidade médica”.
Em 1º de janeiro, o 1º vice-presidente da entidade, Adriano Bastos Pinho, e o 2º vice-presidente, Osvaldo Cesar Pinto Mendes, participaram de uma reunião com o prefeito Emanuel Pinheiro. Isso porque, os médicos da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Mato Grosso (Coopanest) e os cirurgiões pediátricos que trabalham no hospital buscaram o CRM-MT e relataram o atraso nos pagamentos pelos serviços prestados. Um acordo foi firmado e os pagamentos realizados.