O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou em entrevista à Jovem Pan nesta segunda-feira (28) que nunca desejou que o governo Lula (PT) tivesse um desempenho ruim. No entanto, segundo ele, os números da economia mostram um caminho contrário.
Durante a entrevista, Mendes usou um dos motes da campanha de Lula para a presidência em 2022, de que os brasileiros voltariam a comer picanha caso ele fosse eleito, para argumentar que a economia não está indo bem.
“Eu nunca torci contra o país nem contra o presidente Lula. Embora eu faça do campo da centro-direita, eu torço pelo meu país. Eu falei muitas vezes que gostaria muito que todos os brasileiros tivessem voltado a comer picanha e que a economia estivesse indo bem, mas não está”, disse o governador.
O governador citou na entrevista um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o risco de paralisação da máquina pública devido ao aumento de despesas obrigatórias e à possível redução de gastos discricionários.
“Fato é que muita coisa não está bem no país e com cenário de piora nos próximos anos. O TCU disse que em 2027 vamos ter shutdown na economia brasileiro. É um cenário de précaos”, disse.
Além disso, o governador também comenta a polêmica instaurada com o tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump as exportações brasileiras. Segundo ele, “houve um equívoco ou talvez algum erro cometido por alguém da direita e nisso tem muita gente batendo cabeça” e o governo do PT tem se da situação.
“O governo do PT está aproveitando – eu não diria que não é nem uma onda – uma fumaça. Isso não é verdadeiro e vai trazer consequências ruins para o país. E não adianta querer surfar em onda que não é positiva. Se você surfa numa onda que é ruim, não vai haver divididos por país e maioria dos brasileiros e no final do dia o culpado é o governo, porque ele pode resolver esse problema”, continuou.
Por fim, o governador disse que é preciso abandonar “com confusões internas e focar no que é importante para o país”. De acordo com ele, muitas autoridades do Brasil se preocupam mais com a disputa das eleiç~çoes do que com resolver os problemas do país. “Acaba a eleição de prefeito e começa a pensar em eleição de presidente, senador, deputado. É uma coisa de louco. É como se eleição por si só já reconhecesse os problemas do país”.
(Olhar Direto)