A delegação mato-grossense marcou sua participação nas Paralimpíadas Escolares 2021 com recorde de medalhas conquistadas. Representando o Estado na competição nacional, que ocorreu em São Paulo (SP) de 23 a 27 de novembro, 15 estudantes com deficiência garantiram 21 medalhas, sendo 12 de ouro, seis de prata e três de bronze.
A modalidade com mais conquistas foi a de atletismo, com sete atletas alcançando 14 pódios. Do município de Paranatinga, Amanda Lima e Amanda Sales garantiram o primeiro lugar em duas provas cada uma: 100m “A” e lançamento de disco e 100m e arremesso de peso.
Também de Paranatinga, João Antônio Angelim conquistou três medalhas de ouro, repetindo a proeza da última edição dos Jogos Escolares Paralímpicos, em 2019. O jovem atleta venceu as provas de lançamento de dardo, arremesso de peso e lançamento de disco.
Outro atleta de Paranatinga trouxe mais três medalhas no atletismo. Kauã Francisco foi ouro nas provas de lançamento de dardo “A” e lançamento de disco, e prata no arremesso de peso.
O estudante de Rondonópolis, Thallysson Enrick, assegurou mais duas medalhas de ouro nas provas de 75m e salto em distância. Nos 100 m, a estudante de Alta Floresta Estheffany Roque ficou com a medalha de prata.
Pedro Lucas, de Várzea Grande, completa os pódios do atletismo com o terceiro lugar no arremesso de peso “A”. O estudante várzea-grandense ainda garantiu o ouro na modalidade de tênis de mesa.
Quem também assegurou medalhas no tênis de mesa foi o estudante de Alto Araguaia, Guilherme Oliveira, que foi prata em três categorias diferentes. A modalidade confirmou ainda o quinto pódio com o estudante Andrei de Souza.
Na natação, as medalhas vieram na prova de 50m nado crawl, com as estudantes de Cuiabá Kayenne karoline e Aline Nascimento, que conquistaram prata e bronze (respectivamente).
Cada modalidades esportiva em disputa é dividida por naipe (masculino e feminino), por faixa etária (12 a 14 anos e 15 a 17 anos) de acordo com o tipo de deficiência. De Mato Grosso, participaram alunos-atletas com deficiência física, visual e intelectual.
A mobilização, organização e viagem para São Paulo dos atletas, técnicos e dirigentes foram providenciadas pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
“A participação dos estudantes mato-grossenses nas Paralimpíadas Escolares entra para a história do Estado. O que esses atletas nos ensinam é algo sem precedentes. Agradeço a Deus, ao time do Governo de Mato Grosso, ao governador Mauro Mendes, ao secretário Beto Dois a Um, e a todo time da Secel, que se dedicou muito para efetivar essa ação tão incrível”, comemora o secretário adjunto de Esporte e Lazer da Secel, Jefferson Carvalho Neves.
As Paralimpíadas Escolares
Maior evento do mundo para pessoas com deficiência em idade escolar, de 12 a 17 anos, as Paralimpíadas Escolares é organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
A competição teve a sua primeira edição em 2009 e é considerada um grande celeiro de atletas, revelando medalhistas paralímpicos como os velocistas Petrúcio Ferreira, Alan Fonteles, Verônica Hipólito, Washigton Nascimento, o jogador de goalball Leomon Moreno, e os nadadores Talisson Glock, Cecília Araújo e Gabriel Araújo, entre outros.
Além disso, é um evento que proporciona a convivência entre adolescentes com diversos tipos de limitações, já que as modalidades contemplam três grandes grupos de deficiência: visual, física e intelectual.
Após ser suspensa em 2020 por causa da pandemia, as Paralimpíadas Escolares retornaram em 2021, reunindo 902 atletas de todo o país, que competiram em 13 modalidades.