Vanusa dos Santos, 43, foi assassinada pelo companheiro, Walter Aparecido da Silva, 46, no final da noite de sábado (22), em Nova Guarita (897 quilômetros ao norte de Cuiabá). Depois do crime, Walter cometeu suicídio.
Conforme apurado pela reportagem, a Polícia Militar de Mato Grosso foi acionada por volta das 23h45 pelo filho da vítima. Ele chegou na base policial informando que o padrasto tinha matado a mãe.
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Quando a equipe chegou na casa da família, na rua das Garapeiras, flagrou o corpo de Vanusa caído no chão da casa, que estava trancada. Foi necessário arrombar a porta.
Nesse primeiro momento, as equipes acreditavam que o suspeito estava dentro da residência armado, decidiram entrar pelos fundos. Quando passaram pela sala, em direção da porta, encontraram o corpo de Walter ao lado de uma espingarda.
Médicos do Pronto-Atendimento foram acionados e confirmaram as mortes no local. Cena foi isolada para os trabalhos da Polícia Civil e Perícia Oficial (Politec).
Uma amiga da família contou para a reportagem que o casal ficou separado por dois meses, mas que voltaram a conversar nos últimos dias. Agora, o crime segue sob investigação.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), divulgou uma nota lamentando a morte de Vanusa, que era agente comunitária de Saúde há 17 anos. Ela deixou dois filhos. Leia abaixo na íntegra:
“É com profunda indignação e tristeza que manifesto meu pesar e repúdio ao brutal feminicídio ocorrido no município de Nova Guarita. Este ato de extrema violência, que ceifou a vida de Vanusa dos Santos, é um retrocesso inaceitável em nossa luta por uma sociedade mais justa, igualitária e segura para todas as mulheres.
A violência contra a mulher é uma chaga que precisa ser combatida com rigor e urgência. Não podemos nos calar diante de crimes tão bárbaros, que revelam a persistência de uma cultura machista e opressora. É inadmissível que, em pleno século XXI, mulheres ainda sejam vítimas de tamanha crueldade simplesmente por serem mulheres.
Vanusa tinha apenas 43 anos, era Agente Comunitária de Saúde (ACS) há 17 anos e exercia sua profissão com muita competência e amor. Vanusa deixa dois filhos. À família e aos amigos da vítima, expresso minhas mais sinceras condolências e solidariedade neste momento de dor.
Que a memória dela nos inspire a lutar incansavelmente por um mundo onde nenhuma mulher tenha que temer por sua vida. Não nos calaremos! Não nos omitiremos! Seguiremos firmes na defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência”.
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