MARIA AUGUSTA RIBEIRO
Perenes? O termo, originalmente designado para descrever algo que dura ou existe por um tempo longo, foi adotado para denominar um grupo social que vai além das categorias de gerações.
Em 2016, a autora Gina Pell propôs que agrupar as pessoas apenas por geração era ineficiente. Pensando nisso, ela trouxe à tona o conceito de perenes: um grupo que transcendia as barreiras etárias, mas que compartilhava valores, interesses e comportamentos.
Então, o que define os perenes? Em uma palavra – crescimento. Essas pessoas são descritas como antenadas aos acontecimentos mundiais, apaixonadas por seus interesses e conhecedoras de tecnologia, preocupadas em saber mais e melhorar suas vidas.
Quando penso nos perenes lembro imediatamente de minha avó paterna. Dona Amélia sempre estava rodeada de pessoas. Dos mais velhos aos mais novos ela sempre estava com pessoas. Seja para aprender, rir ou aconselhar
Mas como é que vou saber se sou perene, se convivo com gente perene se nem mesmo sei qual geração pertenço? Já vou te ajudar a minha é a geração X e como esta lendo agora somos bons comunicadores e construímos pontes entre os analógicos e os digitais.
Mas qual é a minha geração?
Geração Silenciosa (nascidos entre 1928-1945):
A Geração Silenciosa testemunhou eventos como a Segunda Guerra Mundial e a reconstrução pós-guerra. Caracterizada por valores de trabalho árduo e resiliência, muitos membros dessa geração estão atualmente aposentados, contribuindo com uma perspectiva de sabedoria e estabilidade para a sociedade.
Baby Boomers (nascidos entre 1946-1964):
Os Baby Boomers cresceram em um período de prosperidade econômica e transformações culturais. Com uma forte ética de trabalho, muitos ocupam cargos de liderança e desempenham papéis importantes na sociedade. Suas visões muitas vezes refletem uma abordagem mais tradicional e conservadora.
Geração X (nascidos entre 1965-1980): A Geração X foi moldada por mudanças significativas nas dinâmicas familiares e avanços tecnológicos. São conhecidos por seu ceticismo e independência, sendo frequentemente os intermediários na comunicação entre as gerações mais jovens e mais velhas.
Geração Y (Millennials) (nascidos entre 1981-1996):
Os Millennials cresceram na era digital, testemunhando a ascensão da internet e das redes sociais. Marcados pela diversidade e inclusão, buscam propósito no trabalho e são impulsionados pela tecnologia. Seu engajamento social e ambiental é uma característica marcante.
Geração Z (nascidos entre 1997-2012):
A Geração Z, nascida em um mundo completamente digital, valoriza a autenticidade e a diversidade. Sua fluência tecnológica é inata, e eles desempenham um papel crucial na moldagem das tendências culturais e comportamentais, sendo agentes de mudança em várias esferas.
Geração Alpha (nascidos a partir de 2013):
A Geração Alpha está apenas começando a deixar sua marca na sociedade. Crescendo em um ambiente altamente tecnológico e globalizado, essas crianças estão sendo criadas com uma mentalidade inovadora e adaptável, moldada pelas oportunidades e desafios do século XXI.
A convivência entre essas seis gerações diferentes no mesmo tempo e no mesmo espaço pode gerar conflitos. No entanto, é importante reconhecer que cada geração contribui de maneira única para a sociedade, trazendo uma mistura valiosa de experiência, inovação e energia.
E se deixarmos os conflitos de lado, vamos descobrir que os perenes encontram, nesse emaranhado de pessoas, oportunidades o tempo todo. Não estamos falando aqui de finanças estamos falando de qualidades.
Promovem empatia, valorizam experiências e reconhecem perspectivas diferentes. Principalmente os mais velhos são cruciais na expansão do conhecimento pois estão sempre se adaptando as novas realidades para continuar a florescer.
Outra lição fundamental das gerações perenes é a importância da resiliência. Essa capacidade de se adaptar, aprender com as adversidades e persistir é uma luz guia para enfrentarmos os desafios contemporâneos. Lembre-se podemos ser resilientes aos 4, 15 ou aos 74 anos.
Em um mundo cada vez mais conectado por telas, as relações humanas genuínas tornam-se um refúgio de estabilidade. As gerações que valorizaram o poder do apoio e da colaboração constroem sociedades mais justas e equitativas.
Ao aprender com as gerações perenes, é imperativo não apenas refletir sobre o passado, mas também considerar como podemos aplicar essas lições no presente e moldar o futuro. A fusão de sabedoria atemporal com inovação contemporânea é o catalisador para um progresso significativo.
Além disso, ao apreciarmos as pequenas alegrias da vida e nos desconectarmos do consumismo desenfreado, podemos criar um equilíbrio mais saudável entre o progresso e a preservação do que é verdadeiramente valioso.
As gerações perenes são como faróis que iluminam nosso caminho, oferecendo orientação e inspiração.
Nosso desafio agora não é mais reconhecer a sabedoria perene, mas também integrá-la para que possamos construir um futuro enraizado na resiliência, na comunidade, na preservação cultural e na apreciação das pequenas coisas que tornam a vida verdadeiramente significativa.
Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br
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