O Fluminense está de volta à final do Campeonato Carioca. O Tricolor empatou com o Volta Redonda neste domingo, no Estádio Raulino de Oliveira, mas fez valer a larga vantagem conquistada na ida. O técnico Mano Menezes elogiou a postura da equipe, explicou a estratégia com os jogadores poupados e analisou a decisão com o Flamengo.
— Viemos para um jogo em que tínhamos que confirmar a classificação com uma vantagem imensa. Com probabilidade, maturidade e jogo soubemos ir levando. Tínhamos muitas coisas que precisávamos administrar hoje, como jogadores com cartões amarelos. O Canobbio não entrou, Otávio administramos para tirar um pouco mais cedo e Serna sacrificamos mais um pouco porque não tinha mais troca para fazer. Mas orientamos para tomar cuidado — disse o treinador.
— Finais têm de tudo. Por coincidência a única derrota do Filipe é para nós. Mas cada jogo tem a sua história. As finais tem jogo, estratégia e um monte de coisas que vão estar nessa receita que queremos que funcione. Pensando em nós, o mais importante é que a equipe foi adquirindo uma personalidade forte, já nos possibilita jogar contra qualquer adversário. Em alguns momentos, especialmente na fase classificatória, por precisar muito daquele ponto, precisamos assegurar ele para depois pensar mais na frente. Tivemos menos posse, trabalhamos com mais segurança. Para ganhar uma final tem que ser mais completo e vamos tentar ser essa equipe — comentou.
Reforço do Fluminense para a temporada, Joaquín Lavega continua sem ser utilizado. Ele teria uma oportunidade contra o Volta Redonda, mas Mano Menezes priorizou outras alterações e conversou com ele ainda no banco de reservas do Raulino de Oliveira.
— Eu havia falado com ele antes do jogo que a minha intenção era usá-lo durante alguns minutos, mas o jogo não deixou. Você planeja e nem tudo consegue executar. Naquela hora tive que mexer em outras peças antes e ficou para a próxima. Ele já vem treinando bem com a gente. É um jogador de lado, de velocidade. Quem sabe nos jogos das finais ele não apareça.
Veja outras respostas de Mano Menezes:
Evolução
— Agora vamos pensar só na final. Campeonatos em que se chega nessa situação existe apenas um pensamento: ser campeão e lutar pelo título. Os jogadores estão confiantes nesse crescimento que tivemos. Sempre encontramos dificuldades contra times que jogam mais atrás e mais baixo, solucionamos os problemas. Ganhamos os jogos contra esse tipo de adversário. Na final serão jogos diferentes, jogos grandes, com responsabilidade compartilhada e vamos pensar no primeiro jogo quarta-feira com o nosso mando para tentar iniciar a caminhada da nossa conquista.
Thiago Silva
— O planejamento era exatamente os 75 minutos que ele fez. Porque ritmo também é importante e só jogo dá isso. Por mais qualidade que o Thiago tenha, é um craque, precisa jogar e foi isso que fizemos com ele. Veio bem, clinicamente a gente já tinha todas as seguranças para fazer. Está no grupo que vai disputar os dois jogos da final do Carioca.
Flamengo
— Uma final motiva qualquer equipe. Quando iniciamos a disputa de um campeonato é o que temos como objetivo de chegar na decisão e disputar o título. Nos afirmamos, amadurecemos, nos fortalecemos e sofremos, porque tivemos de fazer um início bem difícil. Nosso aproveitamento nos últimos jogos aponta um crescimento, uma equipe que vem jogando de forma qualificada, criando bastante ofensivamente, que era o nosso problema. Resolvemos. Agora vamos para a disputa. É um jogo grande, adversário grande e o torcedor está feliz que chegamos. Convidamos eles para estarem conosco na quarta-feira para nos ajudar porque é uma empreitada difícil, mas estamos aptos para conseguir.
VAR
— Eu não vou falar especificamente dos jogos do adversário porque seria deselegante e não cabe a nós. O que queremos sempre do lado de cá é que as coisas sejam coerentes, padronizadas e igual para todos. Mais larga, mais fina, não muda nada a dúvida que pode causar em cada lance. Não é essa a questão. É que nós dissemos quando o VAR chegou que iríamos melhorar os lances duvidosos para que o torcedor tivesse mais certeza, coisas mais transparentes e tudo. E não é isso que estamos vendo pelo Brasil. O torcedor é nosso cliente maior e a razão de existirmos. Se o futebol quiser continuar trilhando um caminho de credibilidade, ele precisa resolver essas questões. No domingo é de um jeito para um lado, na quarta é de outro. Queremos lisura e transparência, que o jogo seja jogado dentro do campo e o determinante para quem vai vencer o campeonato. É isso que eu quero, o torcedor e a imprensa também. (GE)