O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) criticou, nesta quarta-feira (09), o parlamentar Lúdio Cabral (PT) por requerer que o governador Mauro Mendes (União) preste contas da viagem feita ao Rio de Janeiro em 16 de março deste ano.
Nessa data, Mendes participou do protesto liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as sentenças do Supremo Tribunal Federal (STF) aplicadas aos condenados por invadirem o Palácio dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.
Após a viagem, Lúdio apresentou durante sessão parlamentar um requerimento exigindo que o governador apresente documentos sobre os gastos empenhados para participar da mobilização.
“O senhor [Lúdio] não quer luz, quer holofote. Ficou claro que a intenção é criar um ‘fato político’ em torno de um ato democrático, um manifesto público em prol da anistia do dia 8 de janeiro”, disse.
“O governador foi ao Rio de Janeiro com o avião do vice-governador e, se tivesse ido com uma aeronave do Estado, em uma missão oficial pró-anistia, estaria defendendo o interesse de 60 a 80% desse Estado, que é favorável à anistia”, acrescentou.
Diego também classificou a conduta do STF, especialmente devido às sentenças do ministro Alexandre de Moraes, como uma “barbaridade” cometida para manter no poder os grupos políticos de esquerda.
Além disso, o deputado completou que Mendes estava representando seus eleitores ao defender a anistia.
“Muitos mato-grossenses estão até hoje respondendo aos processos, sendo condenados pelo STF em um ato arbitrário por parte do Alexandre de Moraes. Mais uma tentativa de politizar um ato público, de uma nação que não quer o STF fazendo barbaridades em uma tentativa de ajudar a esquerda a se manter no poder”, avaliou.
“O governador foi tão diligente, não foi com o dinheiro público, mas, se tivesse ido, estaria participando de um evento público, apresentando pautas e, mais do que nunca, representando o povo que o elegeu”, completou.
Em Brasília
Revoltados com a vitória eleitoral do presidente Lula (PT), manifestantes contrários ao novo governo ocuparam a Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em 2023. Eles invadiram as estruturas federais e a depredaram, causando prejuízos patrimoniais e financeiros ao Governo Federal.
Alguns cidadãos foram presos e condenados, dentre eles mato-grossenses, mas políticos estaduais e federais apontam excessos nas penas aplicadas pelo Poder Judiciário.
A situação polarizou opiniões políticas e, até hoje, é alvo de discussão sobre liberdade de expressão e imparcialidade judiciária.