Nesta quarta-feira (19), o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) apresentou um requerimento de informações e documentos pedindo detalhes dos possíveis gastos públicos da ida do governador Mauro Mendes (UB) ao Rio de Janeiro no último dia 16 de março. Mauro esteve em Copacabana para o ato dos envolvidos na tentativa de golpe de estado no Brasil liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Este requerimento era apenas para que o governador esclarecesse com quais recursos ele foi participar do ato ‘flopado’ que aconteceu em Copacabana no domingo. Se ele foi de Kombi, se gastou dinheiro particular dele ou se utilizou recursos públicos. Porque, se utilizou recursos públicos, é dever da Assembleia fiscalizar. E, por isso, um requerimento com pedido de informações e documentos”, destacou Lúdio.
Os deputados da base do governador se uniram para rejeitar o requerimento no Plenário da Assembleia Legislativa. Além do governador, as autoridades que estiveram no ato, com a presença de Bolsonaro, foram o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), a primeira-dama Virgínia Mendes e o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (UB).
O requerimento de Lúdio questionava se foi utilizada aeronave de propriedade ou contratada pelo Estado para deslocamento das quatro autoridades ou de outros servidores públicos que estiveram no evento. E também como se deu o deslocamento de autoridades e servidores.
O parlamentar perguntava também quais aeronaves do Estado ou contratadas pelo governo voaram para fora do território de Mato Grosso entre os dias 12 e 17 de março, com cópia dos planos de voo, identificação dos aviões, horário e local de decolagem e aterrisagem, além de nomes de todos os passageiros.
Por último, o pedido de informações pretendia saber se havia – e quais – servidores públicos acompanhando o governador, a primeira-dama, o vice-governador e o secretário da Casa Civil na viagem ao Rio de Janeiro. O governo deveria informar quantos funcionários acompanharam as autoridades, os cargos que ocupam, e ainda se houve pagamento de diárias, verba indenizatória ou uso do Cartão de Pagamento do Governo de Mato Grosso – o cartão corporativo – para cobrir as despesas do grupo.