A noite do primeiro título do Palmeiras sob a gestão de Leila Pereira começou com protestos nas arquibancadas do Allianz Parque. Antes de a partida contra o Athletico começar, na noite desta quarta-feira, o público especialmente no Gol Norte, onde ficam as organizadas do clube, puxou o grito:
– Ô tia Leila, presta atenção, você não é a dona do Verdão!
O clima foi bem diferente ao fim do jogo, depois da vitória por 2 a 0 sobre o Furacão, o título da Recopa Sul-Americana e a festa com jogadores e comissão técnica comemorando com a dirigente, que até de uma ala da torcida outro grito, este de apoio.
O ponto de partida foi o fato de não ter sido contratado o centroavante que mudasse o patamar da equipe. Desde então, porém, as mudanças nos departamento de marketing e comunicação fizeram as críticas aumentarem, não apenas nas redes sociais.
Entre os gritos de cobrança no início do jogo, a Mancha Alviverde repetiu o pedido para a saída de Olivério Júnior, chefe da empresa contratada para fazer a assessoria de imprensa do clube na gestão Leila. O profissional acertou nesta quinta-feira sua saída do clube.
Os motivos de cobranças externas também viraram debate entre conselheiros, inclusive aqueles que apoiaram a candidatura da dirigente. Há um grupo que discute se afastar da gestão diante dos acontecimentos nos pouco mais de dois meses desde seu início.
Mas a ausência do tão sonhado camisa 9 não deixa a cobrança diminuir. Haverá, inclusive, uma reunião nesta quinta com os membros da diretoria executiva. A expectativa da atual gestão é, a partir da primeira taça, começar a ver o clima se acalmar no Verdão.
Leila Pereira e Dudu, do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
(GE)