Anistia, ampla, geral e irrestrita com o fim da animosidade política e o restabelecimento da harmonia entre os brasileiros independentemente de seu posicionamento ideológico e partidário. Este foi o tom do pronunciamento do vice-presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Campos (União), na tribuna do Legislativo.

Membro da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), Júlio Campos pedirá que aquela entidade lidere um movimento nacional pela reconciliação brasileira a partir da anistia para todos os supostamente envolvidos com crimes de natureza política no sentido de destituir ou vulgarizar os poderes políticos constituídos. Segundo o deputado, a Unale se reunirá em março, e na oportunidade ele apresentará essa proposta.

A fala do deputado aconteceu após o procurador geral da República, Paulo Gonet, apresentar denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e dezenas de outros personagens, acusando-os de tentativa de abolição do poder e outros crimes. Júlio Campos pede um basta no cenário atual. Defende que os participantes nos atos de depredação das sedes dos poderes em 8 de janeiro de 2023 sejam punidos com a devida dosimetria, mas que é inconcebível que alguém que comete um homicídio receba uma pena de 10 ou 12 anos, quanto um depredador é condenado a 17 anos.

Na fala o deputado qualificou Jair Bolsonaro como “grande ex-presidente” e lembrou que o presidente Lula foi condenado em primeira instância, em Curitiba, com a sentença mantida pelo Tribunal Regional Federal no Rio Grande do Sul e referendada pelo Superior Tribunal Federal em Brasília, e mais tarde o Supremo Tribunal Federal cancelou suas condenações, e que por isso Lula deveria abrir seu coração.

A proposta de Júlio Campos para mobilizar todas as Assembleias Legislativas por uma ampla anistia para a reconciliação brasileira certamente movimentará a opinião pública nacional e poderá restabelecer a harmonia que sempre foi característica do povo brasileiro.