O deputado estadual Júlio Campos (União) explicou que as reuniões que Eduardo Botelho (União Brasil), seu irmão Jayme Campos (União), e a deputada estadual Janaina Riva (MDB), realizaram no último fim de semana não são novidade para seu partido. Ainda disse que o governador Mauro Mendes (União), dirigente estadual da sigla, liberou que todo pretenso candidato articule livremente com qualquer partido para as eleições de 2026. O político não descartou aliança com nenhum grupo, seja de direita o esquerda. Para ele, extremismo é “coisa de boçal”
Em entrevista à imprensa, Júlio explicou que o “clã Campos” sempre teve livre acesso à deputada Janaina Riva, bem como os demais emedebistas, por isso buscou o partido para dar início às tratativas. O próximo alvo da dupla será o senador Carlos Fávaro (PSD), numa reunião marcada para a segunda-feira (28).
“Janaina é uma política de prestígio, cujo nome está colocado na pesquisa muito bem para ser senadora, ou até governadora. Por que não dialogar com ela? O senador Jayme é um político que está articulando um projeto majoritário, quer seja governador ou senador. Vamos dialogar com todos e estamos devidamente liberados. Política é arte do diálogo. Sempre mantivemos bom relacionamento pessoal e politico com a deputada e o MDB de Mato Grosso. Na próxima segunda-feira, teremos uma reunião com o senador Carlos Fávaro do PSD”, destacou o veterano na política.
Conforme o deputado, a liberação para as negociações surgiram há duas semanas, após a reunião do União Brasil, a portas fechadas, no Palácio Paiaguás. O parlamentar ainda citou que o próprio governador tem se articulado aproximação com alguns partidos para fortalecer sua candidatura ao Senado.
“Na última reunião, foi decidido que cada pretenso candidato a majoritária ou proporcional pode começar articulações para 2026. O próprio governador está se articulando, liberando recursos, isso é normal”, emendou.
Ao ser questionado se a aproximação com siglas voltados ao centro ou até mesmo a esquerda pode afetar o capital eleitoral do grupo, ele refutou garantindo que pensamentos restritos dificultam a vida política e ainda definiu como “boçais” políticos extremistas.
“Infeliz é aquele político radical de extrema-direita e extrema-esquerda que não querem conversar com ninguém, acham que são donos da verdade, são boçais. Democracia é isso, quem convive no parlamento federal ou estadual, sabe que tudo é arte de diálogo”, finalizou.

(Foto: Assessoria)