Arqueólogos encontraram um antigo recipiente egípcio com anéis, amuletos e joias de ouro, datado de 2.600 anos atrás. Os achados estavam no Templo de Karnak, construído há cerca de 4.000 anos atrás perto de Tebas, antiga cidade egípcia, segundo o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, que trouxe a público a novidade.
O Templo era sagrado para algumas culturas e algumas divindades eram veneradas no local – entre eles Amon, deus do vento na mitologia egípcia. “Suspeita-se que esta área tenha abrigado instalações administrativas e de armazenamento”, disse Abdelghaffar Wagdy, arqueólogo do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, para o site Live Science.
Entre os achados, estava uma estatueta de ouro representando uma família de deuses egípcios: Amon, Khonsu e Mut. Khonsu é o deus da lua e retrata a passagem no tempo, enquanto sua esposa Mut é a deusa protetora de Tebas, considerada a mãe de todos os deuses. Khonsu, filho do casal, representava a luz da lua crescente. Arqueólogos acreditam que os artefatos eram usados no pescoço, como um amuleto.
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“A representação da Tríade Tebana no amuleto provavelmente simboliza a devoção à família divina de Amon, Mut e Khonsu”, afirma Wagdy. O pesquisador teoriza que as pessoas usavam os amuletos para receberem proteção dos deuses. Anteriormente, algumas escavações encontraram estatuetas com representações dessas divindades juntas.
Entre os artefatos encontrados, estavam também os amuletos wadjet, símbolos do Olho de Rá e do Olho de Hórus. Segundo Justl, as retratações significam o poder de cura e simbolizam o renascimento. “Um amuleto com esse formato era pensado para proteger seu portador e transferir o poder de regeneração para ele”, afirma.
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Os pesquisadores sabem o que as estatuetas de ouro representam, mas não sabem com certeza porque as joias estavam enterradas dentro de um recipiente. Para Wagdy, existem várias possibilidades, uma delas é que os artefatos foram enterrados durante um ritual ou foram doadas para compor o tesouro do Templo. Existe a hipótese de que foram escondidas durante períodos conflituosos e políticos que ocorreram na região, como forma de evitar roubos.
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(Por Tainá Rodrigues)