Surpreso e, até certo ponto, assustado. Foi dessa maneira que Sadio Mané se sentiu na decisão do Mundial de Clubes de 2019 entre Flamengo e Liverpool, no Catar. Entre desabafos aos parceiros Firmino e Salah dentro de campo e alívio pela conquista, o senegalês adotou o modo sincero ao lembrar o duelo em entrevista ao ge na Arábia Saudita, onde atua pelo Al Nassr.

Mané permaneceu em campo nos 120 minutos e protagonizou momentos importantes. No lance final do tempo regulamentar, foi derrubado por Rafinha em lance em que a arbitragem marcou pênalti e o VAR anulou. Já na prorrogação, foi dele a jogada para servir Firmino no gol decisivo.

– Para ser honesto, eu fiquei surpreso com a maneira como sofremos. Porque normalmente na Europa nós jogávamos fazendo pressão, ficávamos com a bola quase o tempo todo. Mas, contra o Flamengo, nós tivemos sorte. Porque o jogo foi muito forte, foi muito bom. Às vezes, eu estava falando com o Firmino no campo, com o Salah. Porque não sabíamos o que fazer, sofremos muito.

– Normalmente, naquele ano – acho que foi uma das nossas melhores temporadas – era muito fácil para nós fazermos dois ou três gols. Mas nesse jogo não foi o caso. Em alguns momentos, eu fiquei até preocupado em perder o jogo. Porque o Flamengo era muito forte, principalmente defensivamente. Mas nós não desistimos. No fim, eu fiquei com a bola, dei a assistência para o Firmino, e ele marcou. Foi um jogo muito difícil. Se o Flamengo ganhasse, seria justo, porque eles também mereciam.

De relação estreita com o futebol brasileiro por conta de ex-companheiros, aquela foi a única vez que Mané enfrentou um clube do país. Ao ge, elegeu Pelé o maior de todos os tempos, mas admitiu que Ronaldinho é o seu jogador preferido.

– Se perguntassem ao Ronaldinho entre ele e Pelé, até ele responderia Pelé. Mas em segundo vem o Gaúcho.

Após a final contra o Flamengo, Mané seguiu no Liverpool por mais três temporadas, jogou um ano no Bayern de Munique e está desde 2023 no Al Nassr, da Arábia Saudita. (GE)