Pré-candidato ao governo, o senador Jayme Campos (União) ressalta que a “receita do bolo” de suas vitórias é que as candidaturas nasceram da vontade popular, “principalmente com esse cidadão que, muitas vezes, está à margem do processo político e não teve chance dessa opinião”, frisa em entrevista à imprensa após o primeiro encontro entre o União Brasil/PP, nesta segunda (2) para debater a formação de chapas para as eleições de 2026.

Político experiente, o ex-governador ressalta que está preparado para voltar a disputar o Paiaguás, ao Senado ou até mesmo a nada, porque não vive da política. “Eu não aceito é ir embrulhado, como num papel celofane, entregue como se fosse uma mercadoria”, dispara Jayme.

“Não [aceito] candidatura imposta, muitas vezes, por meia dúzia de cidadãos que acham que é melhor, que acham que é dono do partido ou que acha que é dono de Mato Grosso. O Estado de Mato Grosso foi feito por todos nós. Cada um de nós deu uma contribuição. Há aqueles que acham que estão acima do bem e do mal”, desabafa.

Embora Jayme não cite, o partido segue dividido em relação a cancelar ou não o apoio ao projeto do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Palácio Paiaguás. O grupo liderado pelo governador Mauro Mendes, presidente do União, quer apoiar Pivetta; já outros filiados como Jayme e o irmão Júlio Campos pedem um debate maior e a possibilidade de lançar um nome do União/PP.

Jayme, em tese, seria candidato natural ao Senado, mas Mauro é pré-candidato à senatoria, o que torna a construção da chapa ainda mais complexa.

A reunião, realizada ontem, era um anseio de várias lideranças da cúpula do União. Encontro contou com a participação de deputados estaduais Dilmar Dal Bosco, Eduardo Botelho e Júlio Campos; dos federais Coronel Assis e Gisela Simona; além do secretário Chefe da Casa Civil Fábio Garcia, de Jayme e do governador, que comanda do União; e do estadual Paulo Araújo, que lidera o PP. As duas legendas estão em processo de fusão.

Segundo Mauro, foram debatidos no encontro vários cenários e como se dará, na prática, os reflexos da fusão entre o PP e o União.

(rdnews)