O senador Jayme Campos (União) foi identificado como o parlamentar que mais destinou recursos por meio de emendas PIX desde 2020, totalizando R$ 89,3 milhões. O levantamento, realizado pelo jornal O Globo, destaca que o formato de transferência direta aos municípios tem sido amplamente utilizado por Campos devido às vantagens na agilidade dos repasses. Segundo ele, o modelo “elimina burocracias” e possibilita que os recursos cheguem mais rapidamente às prefeituras.
“Quando vai via Caixa Econômica Federal, tem que ter projeto e você acaba esperando anos. Eu acho que sempre há a maior transparência possível. Cabe ao parlamentar indicar. Se tiver algum desvio ou o prefeito não aplicar bem, tem que ser penalizado na forma da lei”, afirmou Campos em entrevista ao O Globo.
Outro parlamentar de Mato Grosso que aparece no levantamento é o ministro Carlos Fávaro (PSD), atualmente licenciado do Senado, que destinou R$ 76,3 milhões em emendas PIX no mesmo período. Ambos estão entre os dez parlamentares que mais utilizaram o formato desde sua implementação.
Na participação no PodOlhar, Jayme Campos comentou sobre o uso das emendas PIX, destacando a agilidade proporcionada pelo modelo. “Antes, você mandava um recurso e demorava anos para que ele fosse liberado. Com a emenda PIX, o dinheiro chega mais rápido, mas precisa de fiscalização rigorosa dos órgãos de controle, como AGU, CGU e TCE”, pontuou.
Campos também manifestou preocupação com o que considera um ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, estaria “invadindo competências do Poder Legislativo”. “Eu acho que o Supremo Tribunal Federal está legislando em nome do Congresso Nacional. Isso é uma usurpação de poder, mas isso também ocorre porque o próprio Congresso, muitas vezes, deixa de cumprir suas funções, demorando para legislar sobre matérias de sua competência”, afirmou durante o videocast.
“Eu acho que o Supremo Tribunal Federal está legislando em nome do Congresso Nacional.
Isso é uma usurpação de poder, mas isso também ocorre porque o próprio Congresso, muitas
vezes, deixa de cumprir suas funções, demorando para legislar sobre matérias de sua
competência”, afirmou Jayme em entrevista ao PodOlhar.
(Olhar Direto)