Três réus pelo latrocínio de quatro trabalhadores de Campo Novo do Parecis, em novembro do ano passado, pelo Poder Judiciário de Mato Grosso a penas, que somadas, ultrapassam 500 anos de reclusão. A investigação que resultou nesse julgamento foi feita pela Polícia Judiciária Civil, sob a condução da Delegacia de Campo Novo do Parecis.
O inquérito apurou a participação de quatro adultos e três adolescentes no crime. Com base nas investigações, o Ministério Público Estadual denunciou também Antônio Marcos Diedrich pelos mesmos crimes, mas o processo foi desmembrado por ele se encontrar foragido.
A decisão do juiz Bruno César Singulani França, da Comarca de Campo Novo, definiu a pena final de 180 anos e oito meses de prisão para Henrique Alves de Oliveira e Kauã Maxuel Ramos Benitez, cada um. Já o outro réu, Pablo Gabriel Gonçalves, foi sentenciado em 216 anos de reclusão.
O crime
A Polícia Civil apurou que na madrugada de 15 de novembro de 2023, sete pessoas invadiram um alojamento onde as vítimas dormiam e as fizeram reféns. Depois, as amarraram e torturaram para que fizessem transferências via Pix para os suspeitos.
Em seguida, os criminosos colocaram as vítimas no porta-malas de dois veículos, um Chevrolet Onix e uma caminhonete vermelha, e as levaram até o Rio do Sangue, onde quatro delas foram executadas. Uma das vítimas, fingiu que foi atingida para escapar da ação dos criminosos e após eles saírem do local, andou por cerca de cinco quilômetros até conseguir pedir por ajuda.
Cinco pessoas envolvidas no latrocínio foram presas em flagrante em ação ininterruptas realizadas pelas equipes da Polícia Civil e Polícia Militar de Mato Grosso, logo após o crime.
As vítimas assassinadas foram identificadas com Daniel Budoia, 34 anos; Franklyn Eduardo Albuquerque Oliveira, de 21 anos; Rafael Santos Lessa, 31 anos e João Paulo Campos Serra, de 33 anos. Outras três vítimas, de 22, 26 e 30 anos foram vítimas de tentativa de latrocínio e extorsão.