O Brasil tem cerca de 59 milhões de investidores, o equivalente a 37% da população nacional, de acordo com a mais recente edição do Raio X do Investidor da Associação Brasileira de Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima). Se por um lado, a fatia de pessoas investidoras permaneceu no mesmo patamar da pesquisa anterior, houve mudanças no perfil do investidor: o número de indivíduos que procuram informações via APP cresceu (49%), enquanto reduziu o número dos que vão ao banco (33%).

Embora a Região Centro-Oeste permaneça com um percentual menor de investidores (cerca de 8% da população) junto com a Região Norte, é inegável o potencial para o mercado financeiro de estados como Mato Grosso, que se destaca em nível internacional por ter uma economia em crescimento, cujo principal vetor é o agronegócio. Segundo os dados da Anbima, a Região Centro-Oeste concentra R$ 387 bilhões em aplicações de clientes pessoa física. Mato Grosso responde por aproximadamente R$ 3,4 bilhões em investimentos de pessoa física na bolsa de valores brasileira, a B3, que conta com cerca de 79 mil investidores

Mas qual é o perfil do investidor de Mato Grosso, estado líder na produção brasileira de carnes, grãos e fibras? O investidor radicado em Mato Grosso segue a máxima aprendida no campo de que nunca se deve colocar todos os ovos num cesto só?

Gilvania Rufino – líder da XP em Mato Grosso

Líder da XP em Mato Grosso, Gilvania Rufino, reconhece que o investidor de seu estado tem um perfil mais conservador, porém ela vê isso como um fator positivo, uma oportunidade. “Por ter ainda pouca experiência no mercado financeiro, o investidor de Mato Grosso tem um perfil mais patrimonialista e demonstra certa desconfiança em soluções fora do tangível”, afirma. Porém, acrescenta, essa postura vem mudando nos últimos anos. “Os investidores regionais vêm demonstrando uma grande abertura para construção de portfólios mais equilibrados, reduzindo o foco em investimentos no mercado imobiliário”.

Nesse contexto, o papel da assessoria de investimentos torna-se mais relevante e é fundamental que assessores e clientes consigam traçar junto um bom planejamento financeiro, baseado num trabalho mais consultivo, em que o perfil e os objetivos do cliente sejam respeitados. “O papel do assessor está pautado em educação financeira, num relacionamento próximo com o investidor, no atendimento personalizado e na compreensão das necessidades específicas de cada cliente”, explica Gilvania. Ela diz que há uma crescente demanda por educação financeira, e soluções de investimentos e planejamento patrimonial mais personalizadas.

“Os investidores estão cada vez mais atentos a oportunidades do mercado financeiro e abertos à construção de estratégias de investimentos mais consistentes e diversificadas”, acrescenta. Apesar de o uso da tecnologia e plataforma digitais ser uma tendência em termos nacionais, por tornar mais ágil o dia-a-dia do investidor, a líder da XP em Mato Grosso acredita que a cultura local ainda valoriza fortemente o relacionamento presencial, opinião compartilhada por Marco Loureiro, sócio e líder regional da XP no Centro-Oeste.

“Acreditamos muito que toda relação de confiança é construída com uma boa conversa, olho no olho. Ter um assessor muito próximo procurando entender as necessidades do investidor e que esteja acessível para tirar qualquer dúvida contribui para estabelecer uma relação de longo prazo com o cliente”, opina Loureiro.

Marco Loureiro – sócio e líder regional da XP no Centro-Oeste

A inauguração do Espaço XP no coração da capital mato-grossense, no final de abril passado, representa um avanço estratégico e tem um potencial direto para ampliar significativamente o número de investidores, na avaliação de Loureiro e Rufino.

“O espaço aproxima o investidor do mercado financeiro, cria um ambiente de negócio e vai funcionar como um polo de educação financeira e troca de conhecimentos, através da realização de eventos, palestras e reuniões, promovendo o networking e contribuindo para a formação do investidor. Nosso objetivo é fazer com que o cliente esteja cada vez mais consciente, seguro e apto para a construção estratégica de seu planejamento financeiro e patrimonial”, comenta a líder da XP em Mato Grosso.

Mas o fato de contar com um espaço físico em Cuiabá – o terceiro da XP na Região Centro-Oeste – não exclui a necessidade de recorrer a outras estratégias em um estado com a terceira maior extensão territorial do país, destaca Loureiro. “Está na hora de o assessor de investimento calçar a botina e ir até as propriedades rurais”, diz o líder regional, cuja base é Goiânia. Radicada em Mato Grosso há muitos anos, Gilvania conhece bem a importância de superar as dificuldades de logística num estado com mais de 900 mil km2 de área.

Loureiro lembra que todo esse esforço tem a ver com o DNA da XP, que nasceu em 2001 com o propósito de mudar a relação que o brasileiro tem com seus investimentos e suas finanças. “Fomos pioneiros na desbancarização do mercado financeiro. Viemos com um conceito de plataforma aberta, dando ao cliente a possibilidade de acessar as melhores possibilidades de investimentos”, recorda. Portanto, seja qual for o perfil do investidor de Mato Grosso, a XP está de braços abertos para ajudá-lo a encontrar a melhor forma de assegurar e multiplicar seu patrimônio, seja no Espaço XP em Cuiabá ou em qualquer ponto do interior do estado.