Uma mulher de 61 anos foi vítima de estupro na manhã do último sábado (17), por volta das 7h30, em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). A idosa caminhava por uma via pública quando foi surpreendida por um homem que a arrastou até um matagal e cometeu a violência sexual. O suspeito fugiu logo em seguida em uma motoneta, abandonando no local parte de suas roupas. A Polícia Militar realizou rondas, mas o criminoso não foi localizado.
De acordo com o relato da vítima à polícia, o agressor era um homem baixo, gordo, de pele parda, vestindo calça branca, camiseta preta e capacete preto. Ele pilotava uma motoneta escura, aparentemente uma Honda C100 Biz. Segundo a vítima, o ataque foi repentino e ela não teve tempo de reagir. Após o abuso, o agressor fugiu do local, deixando uma camiseta preta e um capacete no matagal.
A vítima foi atendida inicialmente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, em seguida, encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rondonópolis. A equipe médica prestou os cuidados emergenciais e realizou os primeiros exames para registrar as evidências do crime. A Polícia Civil de Mato Grosso foi acionada e já instaurou inquérito para investigar o caso.
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM) assumiu as investigações e analisa as roupas deixadas pelo suspeito, que foram recolhidas como prova pericial. Câmeras de segurança da região estão sendo verificadas para tentar identificar o agressor e a rota de fuga utilizada. A idosa deve receber acompanhamento psicológico da rede municipal de apoio às vítimas de violência sexual.
Casos de estupro contra pessoas idosas são considerados de altíssima gravidade e revelam a vulnerabilidade dessa parcela da população. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), o estado registrou 711 casos de estupro no primeiro quadrimestre de 2025, sendo 64 deles envolvendo vítimas com 60 anos ou mais, um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O caso gerou revolta entre moradores da região, que exigem reforço no patrulhamento ostensivo e mais segurança nas áreas periféricas da cidade. A Delegacia da Mulher reforça a importância das denúncias, que podem ser feitas de forma anônima pelo 197 ou diretamente nas delegacias especializadas.