O sábado serviu para aparar arestas entre Honda, jogadores e dirigentes do Botafogo. Depois do desabafo público com direito a ameaça, o tom foi mais ameno dentro do Nilton Santos, onde o japonês conversou com os companheiros de time, o novo técnico, Eduardo Barroca, e o gerente de futebol Túlio Lustosa.
Após a publicação, o jogador voltou às redes sociais. Não deu detalhes do que aconteceu internamente, mas explicou a postura da última sexta-feira, quando fez cobranças públicas.
– Não estou arrependido do que disse ontem. Porque é importante para mim. Não sou apenas um funcionário, sou um parceiro. Então, eu tenho que saber de tudo. E você (torcedor) deve saber de tudo – publicou em inglês.
Essa, aliás, foi a crítica reiterada do japonês à diretoria. Honda não gostou das cinco trocas de comando que aconteceram desde fevereiro, vista pelo atleta como falta de planejamento. Assim como fez nas redes sociais, o jogador se posicionou internamente e ouviu os argumentos da cúpula alvinegra.
Do lado do Botafogo, a bronca ficou por conta da exposição. O clube não gostou porque a insatisfação foi colocada antes em uma rede social do que diretamente a quem toma as decisões no futebol. O pedido foi para que Honda contribua com críticas e sugestões internamente. A ponte entre ele e os cartolas será o gerente Túlio, que está mais próximo do elenco no dia a dia.
O episódio também não pegou bem no elenco e gerou questionamentos. Apesar de boa parte ter a mesma avaliação, tanto que houve resistência à saída da comissão técnica de Ramón Díaz. Partiu do grupo que é mais próximo do japonês a iniciativa de colocar os pingos nos is.