O vice-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Carlos Hayashida, explicou ao HNT TV que a deputada estadual Janaina Riva (MDB) pode optar por se candidatar ao Senado sem apoiar o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ao Paiaguás, porém, precisa estar coligada a um nome que irá pleitear o Executivo para usufruir da estrutura das siglas e ter filiados em seu palanque.

O MDB e o Republicanos discutem uma federação. A aliança, em nível nacional, respingará sobre as conjecturas locais, como a de Janaina, que está rompida com o grupo de Pivetta, comandado pelo governador Mauro Mendes (UB), cotado para disputar vaga ao Senado, o tornando oponente em potencial de Riva.

“Não pode fazer a coligação para apoiar o candidato Mauro Mendes e dizer que tem outro candidato a Senado nessa coligação. Tem que manter o corpo de tudo que vem seguindo na coligação”, disse o advogado.

Mauro tem feito vista grossa ao senador Jayme Campos (UB), ignorando sua pré-candidatura ao governo para manter-se ao lado de Pivetta, o que coloca o União Brasil na mesma coligação do Republicanos e do MDB, caso a federação avance. O cenário pressionaria Janaina a optar por uma “candidatura solteira”, ou seja, com aval do MDB para disputar, mas sem o apoio de outros partidos ou forçará o seu recuo.

“Então ela não pode, por exemplo, fechou uma coligação, vou querer apoiar o candidato a governo desse grupo, o candidato a vice desse grupo, mas só de um candidato ao Senado. Outro candidato a Senado, eu não quero apoiar e aí você vai e coliga, por exemplo, com a Janaina Riva. Isso não pode, sob pena de interferimento do Drap (Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários) e desse outro partido que for apoiar”, contextualizou o advogado.

JANAINA E A CANDIDATURA DO SOGRO

Além do apoio a Pivetta ser uma flexibilização para sua desistência de concorrer ao Senado, Janaina tem interesses pessoais em jogo, uma vez que o seu sogro, o senador Wellington Fagundes (PL) tenta construir sua candidatura ao governo como representante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso. Em outros pleitos, o MDB já liberou a deputada para seguir com seus candidatos.

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(HNT)