Camila Ribeiro/HNT

A doutora em Sociologia e cientista política, Christiany Fonseca, apontou ao HNT TV Entrevista que a esquerda deve articular um palanque em Mato Grosso para impulsionar a candidatura à reeleição do presidente Lula (PT) nas eleições de 2026. Segundo Christiany, mesmo com a tendência do eleitor mato-grossense votar no candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o mais aconselhado é que a militância construa um arco de alianças, com chapa à Assembleia Legislativa, governo e Brasília.

“Eu acho que a esquerda precisa de palanque para o Lula aqui em Mato Grosso. Mesmo sabendo que é um estado que, provavelmente, devido o antipetismo a candidatura do Lula tenha menos votos aqui do que o bolsonarismo, o PT precisa de um palanque”, opinou Christiany Fonseca.

“PT precisa de um palanque”

Ao governo, o PT não sinalizou que lançará candidatura própria, mas tem dialogado com o PSD que tem a médica Natasha Slhessarenko (PSD) como única pré-candidata. O presidente estadual do PSD e ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, é quem conduz as negociações com o deputado estadual Lúdio Cabral (PT). O ministro, que é senador licenciado, já anunciou que seu projeto político é a reeleição. Com Natasha como cabeça de chapa, restaria espaço ao PT para compor como vice.

Mas há uma ressalva que, se for consolidada, inviabiliza a conjectura com a médica. Christiany Fonseca pontuou que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ventilou firmar aliança com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), caso Bolsonaro o chancele à presidência. O compromisso do PSD com a direita anularia tentativas de uma candidatura alinhada ao PT em Mato Grosso.

“Se Kassab fecha com Tarcísio, Fávaro e Natasha se tornam inviáveis”

“Se o Kassab fecha o PSD com o Tarcísio, ou seja, Fávaro e Natasha se tornam inviáveis. Porém, os quadros do PT, hoje, nenhum deles estão disponíveis para fazer um enfrentamento ao governo. Então, Lúdio vai à reeleição, Barranco vai à reeleição, Rosa Neide vai tentar a Câmara dos deputados”, explicou a cientista.

 

VEJA VÍDEO

(HNT)