A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser promessa de futuro e já está profundamente integrada à vida contemporânea. Presente em aplicativos, ferramentas de trabalho, sistemas de recomendação, diagnósticos médicos e até na produção artística, a tecnologia vem transformando o mercado de trabalho e o cotidiano de milhões de pessoas.
Segundo uma previsão do Fórum Econômico Mundial, divulgado no início de 2025, a IA poderá eliminar 92 milhões de empregos existentes até 2030, mas também pode criar 170 milhões de novos postos. Além disso, o estudo do Fórum também revela que 65% das crianças e adolescentes atualmente na escola ocuparão profissões que ainda não existem.
Diante desse cenário, o Grupo Salta Educação se antecipa e anuncia a implementação do Dia Lab, um currículo inédito de Inteligência Artificial destinado a estudantes do 6º ao 9º ano dos Anos Finais do Ensino Fundamental. A iniciativa torna o Grupo pioneiro no Brasil a inserir oficialmente o ensino de IA em sua grade curricular.
Um passo à frente na educação brasileira
O Dia Lab foi inspirado em frameworks internacionais de renome, como do MIT, de Harvard e em iniciativas da União Europeia, China e Coréia do Sul. O programa foi desenvolvido em parceria com Tiago Belotte, um dos maiores especialistas em design de aprendizagem para Inteligência Artificial no mundo, e está fundamentado nas pesquisas mais recentes sobre educação em tecnologia. O objetivo é claro: formar alunos que não apenas usam a IA, mas que também sabem questionar, avaliar e criar com ela de forma crítica e responsável.
Na prática, os estudantes do 6º ao 9º ano terão uma aula semanal, dentro da grade, de Inteligência Artificial, com material digital, rubricas de projetos, integração ao currículo escolar e suporte pedagógico contínuo para professores. Em cada série, o curso será estruturado em três trilhas de 10 aulas cada, sempre culminando em um projeto autoral desenvolvido pelos próprios alunos.
“O Dia Lab chega para transformar a sala de aula em um espaço ainda mais conectado com a realidade dos estudantes. A cada semana, eles terão a oportunidade de experimentar a Inteligência Artificial de forma prática, em projetos que dialogam com seus interesses e com os desafios do mundo atual. A ideia é que eles passem de meros espectadores passivos para usuários ativos e conscientes de IA”, afirma Caio Lo Bianco, diretor de inovação do Grupo Salta.
A partir de eixos formativos e domínios pedagógicos estabelecidos, os alunos, ao longo das aulas e projetos serão capazes de:
● Criação de vídeos e imagens com ferramentas de IA generativa;
● Uso de assistentes inteligentes como apoio ao estudo;
● Identificação de fake news e conteúdos manipulados por algoritmos;
● Proteção de dados pessoais e segurança digital;
● Exploração de profissões ligadas à Inteligência Artificial;
● Conexão da IA com projetos e interesses pessoais dos estudantes.
Panorama mundial
O movimento de inclusão da Inteligência Artificial nos currículos escolares cresce rapidamente em todo o mundo. Nos Estados Unidos, 28 estados já publicaram guidelines específicas para o ensino de IA, e um decreto presidencial de 2025 estabelece estímulo à adoção da tecnologia na educação. Na União Europeia, o marco regulatório aprovado em 2024 define parâmetros de uso da IA também no setor educacional.
Outros países, como Emirados Árabes Unidos e China, já implementaram a disciplina de Inteligência Artificial desde a educação básica, reforçando a disputa global pela liderança tecnológica.
No Brasil, as experiências ainda são pontuais e fragmentadas. O estado do Piauí se destacou como pioneiro nas Américas ao implementar o ensino de IA na rede pública de forma obrigatória, em projeto liderado pela pesquisadora Rosa Maria Vicari, da UNESCO e UFRGS. Outros estados, como São Paulo, Paraná e Minas Gerais, vêm adotando ferramentas de IA em processos pedagógicos, como assistentes de aprendizagem e correção de provas.
Apesar disso, até agora não havia registro de uma rede privada de ensino estruturando um currículo sistemático de Inteligência Artificial voltado aos alunos da Educação Básica. É esse espaço que o Grupo Salta busca ocupar com o Dia Lab.
Estrutura pedagógica
O Dia Lab foi construído a partir de três eixos formativos que refletem a visão do Grupo Salta de educação para o futuro:
“O primeiro é a Cidadania, que prepara os alunos para atuar de forma responsável em um mundo permeado pela Inteligência Artificial. O segundo é a Empregabilidade, voltado a compreender como a IA já impacta e continuará impactando o mercado de trabalho. E o terceiro é a Meta-aprendizagem, que estimula novas formas de aprender, potencializadas pelas ferramentas inteligentes. Mais do que ensinar tecnologia, queremos formar jovens conscientes, críticos e criativos diante das transformações que estão por vir”, explica Christine Lourenço, diretora pedagógica do Grupo Salta.
Cinco grandes domínios pedagógicos norteiam a aprendizagem dos estudantes:
1. Fundamentos da IA com Consciência Crítica – compreender como a tecnologia funciona e seus limites.
2. Criação com IA sem perder a autoria – desenvolver projetos originais sem abrir mão da criatividade humana.
3. IA para inclusão e acesso – refletir sobre viés, equidade e impactos sociais da tecnologia.
4. IA para Aprender Melhor – utilizar algoritmos como ferramentas de apoio à autonomia.
5. Segurança Digital e IA Responsável – agir de forma ética e segura no ambiente digital.
O modelo também valoriza o trabalho colaborativo, a construção coletiva de conhecimento e a autonomia dos estudantes em seus processos de aprendizagem.
Com a proposta, o Grupo Salta reafirma sua missão de formar cidadãos preparados para um futuro permeado pela tecnologia, mas sem abrir mão da consciência ética, do senso crítico e da criatividade. “Não se trata apenas de ensinar tecnologia, mas de construir uma inteligência do amanhã: uma geração que saiba usar a IA de maneira responsável, questionadora e criativa, pronta para moldar o futuro em vez de apenas acompanhá-lo”, afirma Christine.
Sobre o Grupo Salta
Educação:
A história do Grupo Salta começa em 2013, com um grupo de jovens educadores impulsionados por um sonho grande: levar educação de qualidade e cultura de excelência para o maior número possível de crianças e jovens em todo o país. Foi a combinação do foco em expansão e crescimento acelerado, sem abrir mão da qualidade e excelência acadêmica, que consolidou o grupo como o maior na Educação Básica do Brasil em menos de dez anos. Com mais de 140 mil alunos distribuídos em 200 escolas próprias de 27 redes, em 18 estados e no Distrito Federal, a prioridade do grupo continua sendo possibilitar que os alunos de todas as suas escolas alcancem seus objetivos, sonhos e metas.
Em Mato Grosso o Grupo é representado pelas marcas Maxi, ECSA, Master e Cie (em Rondonópolis).
Fotos: Assessoria