Em audiência pública realizada nessa quarta-feira (04.10) na Câmara de Vereadores de Várzea Grande, a Marfrig atendeu a solicitação dos representantes do movimento que questiona a atividade da graxaria e apresentou todas os elementos técnicos que comprovam a robustez do sistema que garante a plena operação da indústria dentro das normas internacionais de segurança e meio ambiente.
De acordo com o diretor de Comunicação e Sustentabilidade da Marfrig, Paulo Pianez, a referência que a comunidade tinha era da graxaria de anos atrás de uma outra empresa, que não existe mais. “A Marfrig investiu cerca de R$ 50 milhões de reais na modernização da graxaria, que foi totalmente remodelada em linha com as políticas e diretrizes de sustentabilidade da empresa. Com essa estrutura, mais de 1.200 viagens de caminhões deixarão de ser feitas, o que reduz as emissões de CO2, o tráfego viário na região, o risco de acidentes e a deterioração das vias públicas”, explicou.
A graxaria produz farinha destinada a ração animal (suínos e aves) e sebo para indústrias como a de higiene e a de cosméticos. A licença de funcionamento foi concedida pela SEMA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente) depois que a Marfrig apresentou evidências técnicas e ambientais adequadas, e realizou testes nos equipamentos da instalação da graxaria, com a presença de técnicos da SEMA, do Ministério Público e de assistente técnico da parte autora da ação judicial, fazendo com que a autorização judicial fosse concedida.
Para o morador de Várzea Grande, Lorival dos Santos, o problema não está efetivamente na graxaria. “Isso ali é terra de invasão, a empresa já existia desde a década de 70. Tem gente que está fazendo essa manifestação que nem tinha nascido, não sabe nem do que está falando. A empresa estava lá já, então, quem chegou depois, foram as casas. Quem estaria errado então? Lá em cima, lá perto do Colorado onde eu moro tem um curtume, não é da Marfrig, nunca foi, e é podre, o cheiro desce, porque ninguém estuda, investiga ou vai lá ver?”, disse ao defender a permanência da empresa na cidade.
Durante a audiência, foi comprovado por resultados de testes indicativos de que o sistema de exaustão de gases da graxaria tem capacidade e eficácia para eliminar até 100% da presença de gases odoríferos resultantes do processo produtivo. O sistema é robusto e moderno; funciona com absorção (lavadores de gases), condensação e biofiltragem; e elimina até 100% dos gases odoríferos provenientes do processo produtivo.
Além disso, a graxaria gera aproximadamente 60 empregos diretos e 180 indiretos, bem como aumenta a arrecadação de impostos para o município. Hoje a Marfrig é a maior empresa empregadora privada da região, com cerca de 3.300 colaboradores. Desde 2019, a companhia já investiu cerca de R$ 300 milhões de reais em todo o complexo industrial de Várzea Grande.