O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes comentou durante passagem por Mato Grosso sobre o auxílio-alimentação de mais de R$10 mil que havia sido concedido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) aos magistrados e servidores do Poder Judiciário Estadual. Ele disse que é preciso determinar uma disciplina adequada para evitar penduricalhos.

“Eu acho que nós temos que encontrar uma disciplina adequada para a remuneração dos juízes e do Ministério Público”, disse o ministro à imprensa.

O auxílio, que ganhou a alcunha de “farra do peru”, dentre outros apelidos, foi proposto pela presidente do TJMT, desembargadora Clarice Claudino da Silva, e ia custar mais de R$2,7 milhões aos cofres públicos, considerando que o Poder Judiciário mato-grossense tem 275 juízes, fora os servidores concursados e comissionados. O bônus foi derrubado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta quinta-feira (19).

Gilmar Mendes disse ter tranquilidade para falar sobre penduricalhos do Poder Judiciário, pois, segundo ele, o STF não usufrui de nenhum tipo de auxílio, pois possuem um limite, ou teto, na remuneração, que é de R$ 44.008,52.

“Nós do Supremo estamos tranquilos para falar sobre isso, porque nós temos um teto que não é cumprido, mas nós não temos penduricalhos, não temos esse tipo de situação”, ressaltou.

Gilmar Mendes aproveitou a ocasião para adiantar que uma das prioridades do Governo Federal para o este ano será a PEC que faz alterações no teto do funcionalismo público, que visa coibir os chamados supersalários. A proposta faz parte do conjunto de medidas voltadas ao corte de gastos.

(RepórterMT)