Carlo Ancelotti chegou em maio ao Brasil para comandar a seleção brasileira. São cinco meses no país, seis jogos pela Seleção e o suficiente para ter certeza de ter feito a escolha certa. Ao menos é o que deixou claro a filha do treinador, Katia Ancelotti.
Em entrevista ao Corriere della Sera, da Itália, ela comentou que a vinda do italiano para o Brasil fez um enorme bem para o técnico. Apesar do pouco tempo, Carlo Ancelotti ficou encantado com a união e o comportamento dos jogadores quando estão juntos nos momentos de concentração da Seleção.
– Algo me surpreendeu. Papai diz que se sentiu como se tivesse voltado no tempo, para a época em que era jogador de futebol.
– Sua seleção inclui jogadores que atuam em algumas das maiores ligas de futebol da Europa, mas quando retornam à terra natal, sentem a força de suas raízes. Mal podem esperar para treinar, jogar, querem estar juntos. Não se levantam da mesa logo depois do almoço, não ficam presos ao celular ou ao laptop o tempo todo. Isso é algo que eles gostam – disse Katia Ancelotti.
A relação da família com o Brasil ficou ainda mais forte pelo fato de Davide Ancelotti, irmão de Katia, ter virado treinador do Botafogo.
– Meu irmão Davide enfrentou muitas críticas por começar a treinar com o pai. Acho que ele teve mais dificuldades do que os outros, justamente porque sempre apontavam o dedo para ele. Agora está treinando o Botafogo sozinho. Ele também está no Brasil. Me incomoda que falem dele e não de outros filhos que também têm pais como treinadores – defendeu a irmã.
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Ancelotti com os filhos Katia e Davide — Foto: Reprodução
Davide também é auxiliar de Carlo Ancelotti na Seleção, assim como Mino Fulco, marido de Katia. Eles contam para a filha de Ancelotti um lado do pai que ela não conhece.
– Gostaria de vê-lo bravo. Só uma vez. Dizem que acontece em campo e no vestiário. Meu irmão Davide e meu marido Mino falam sobre ataques de fúria, uma versão de pai que não conheço. Gostaria de vê-lo assim na vida real, às vezes.
Carlo Ancelotti estreou pela Seleção no dia 5 de junho, no empate por 0 a 0 contra o Equador. Foram seis jogos até aqui, com três vitórias, um empate e duas derrotas. No dia 3 de novembro o italiano convocará o Brasil mais uma vez para dois amistosos na Data Fifa do mesmo mês, contra Tunísia e Senegal. (GE)



