O falcão-peregrino é conhecido como o animal mais rápido do mundo. O Guinness diz que esse pássaro chega a 320 quilômetros por hora quando está em posição de mergulho. E há registros ainda mais impressionantes, dizendo que ele pode bater os 385 quilômetros por hora.

Recentemente, a ave voltou a deixar cientistas de queixo caído, ao constatarem que um representante da espécie foi capaz de capturar uma presa a 3 mil metros do solo. Trata-se do registro mais alto de predação já realizado.

A descoberta foi feita por pesquisadores da Holanda, que estudam os hábitos da tarambola-cinzenta, uma ave que migra em elevada atitude. Eles buscam entender por que esses animais voam tão alto durante a migração. A resposta ainda não veio, mas o registro da surpreendente caçada já fez o estudo valer a pena.

A tarambola que virou refeição estava sendo monitorada pelos cientistas, que foram pegos de surpresa pelos dados registrados durante o voo do pássaro. “A primeira coisa que nós notamos foi súbita mudança de direção”, diz Michiel Boom, ecologista de migração da Universidade de Amsterdã, em entrevista ao New York Times.

Enquanto as outras tarambolas seguiam na direção noroeste, apenas uma começou a ir para o sudeste. Também baixou muito de altitude e parou numa pedreira – o que é bem incomum para a espécie. Logo após, o rastreador parou de se mover. Assim, as evidências apontavam para a hipótese de que o pássaro havia sido caçado.

Os restos mortais da ave, bem como seu rastreador, foram encontrados a 200 metros de um ninho de falcão-peregrino. Tudo isso aconteceu na Suécia e a equipe de cientistas holandeses cruzou diversos outros dados para chegar à conclusão de que a tarambola havia sido caçada por um falcão. Os detalhes da descoberta podem ser lidos em um artigo publicado no periódico Ecology.

(Redação Galileu)